Gugu Liberato entrevista Suzane von Richthofen (Reprodução/TV Record)
Da Redação
Publicado em 6 de março de 2015 às 16h50.
São Paulo - Desde da morte dos pais, em 2002, Andreas von Richthofen nunca falou publicamente - seja para criticar ou defender a irmã, condenada por planejar o assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen.
Nesta sexta-feira, no entanto, o jovem de 27 anos resolveu sair do silêncio para defender seu pai. Andreas escreveu uma carta pública endereçada ao procurador de Justiça Nadir de Campos Júnior e entregou a um jornalista da rádio Estadão, pedindo para que fosse divulgada.
No texto, Andreas questiona as acusações que o procurador fez na última segunda-feira, em participação no programa SuperPop, da RedeTv!.
Nadir Campos Júnior, que atuou na condenação dos irmãos Cravinho e Suzane, afirmou que Manfred mantinha contas na Suíça e que a beneficiária seria Suzane. O dinheiro seria fruto de desvios ocorridos nas obras do trecho Oeste do Rodoanel, realizadas pela Dersa, empresa de qual era funcionário.
Segundo o procurador, a causa do assassinato seria justamente o dinheiro no exterior.
Na carta, divulgada pelo site do jornal O Estado de S. Paulo, Andreas pede explicações ao procurador.
Antes, no entanto, faz referência ao homicídio de seus pais e se refere a sua irmã como assassina.
"Entendo que sua raiva e indignação para com estes três assassinos seja imensa e muito da sociedade compartilha esse sentimento. E eu também. É nojento.", escreve.
Depois, Andreas pede que o procurador esclareça e apresente provas das acusações que fez.
"Gostaria que o Sr. esclarecesse essa situação: se há contas no exterior, que o Sr. apresente as provas, mostre quais são e aonde estão, pois eu também quero saber e entendo que sua posição e prestígio o capacitam plenamente para tal. Mas que, se isso não passar de boatos maliciosos e não existirem provas, que o Sr. se retrate e se cale a esse respeito, para não permitir que a baixeza e crueldade deste crime manche erroneamente a reputação de pessoas que nem aqui mais estão para se defender", conclui.