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Irmão de ex-ministro promete se apresentar hoje à PF

Adarico Negromonte é apontado como "carregador de malas de dinheiro" do doleiro Alberto Youssef


	PF: Adarico é o único dado por "foragido da Justiça" da relação de 25 nomes sob suspeita que tiveram prisão decretada no dia 10
 (Wikimedia Commons)

PF: Adarico é o único dado por "foragido da Justiça" da relação de 25 nomes sob suspeita que tiveram prisão decretada no dia 10 (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2014 às 09h13.

São Paulo - Apontado nos autos da Operação Lava Jato como "carregador de malas de dinheiro" do doleiro Alberto Youssef no esquema de lavagem e pagamento de propinas, Adarico Negromonte, irmão do ex-ministro Mário Negromonte (Cidades), deve se apresentar nesta segunda-feira, 24, à Polícia Federal em Curitiba, base da investigação.

Adarico é o único dado por "foragido da Justiça" da relação de 25 nomes sob suspeita que tiveram prisão decretada no dia 10 - todos os outros, até os principais executivos das maiores empreiteiras do País, já haviam sido presos ou se apresentaram.

"Nem sabemos qual é a acusação contra o sr. Adarico, mas decidimos apresentá-lo voluntariamente", declarou a advogada Joyce Roysen, que defende o irmão do ex-ministro e comunicou a medida à PF.

Joyce destacou que soube pela imprensa da existência da ordem de prisão temporária contra Adarico. Na semana passada, ela pediu revogação do decreto judicial.

"Como não houve manifestação do Ministério Público Federal, nem decisão da Justiça sobre o nosso pedido, achamos melhor apresentar (o irmão do ex-ministro)."

A PF atribui a Adarico Negromonte o papel de ‘mula’ da organização criminosa de Youssef, alvo principal da Lava Jato.

Segundo a PF, o doleiro usava o irmão do ex-ministro, um agente da própria corporação e um condenado por crimes financeiros, para fazer o transporte dos valores em espécie dentro de malas, maletas e no próprio corpo para agilizar a lavagem de dinheiro e manter um "eficiente sistema de delivery do caixa 2".

A advogada Joyce Roysen repudia o termo "foragido da Justiça" para Adarico. "Não é condizente, pois em momento algum foi realizada diligência na residência dele, na cidade de Registro (SP)." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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