Brasil

Irmã Dulce ganha data para se tornar primeira santa nascida no Brasil

A canonização será celebrada no dia 13 de outubro, 27 anos após seu falecimento, terceiro processo mais rápido da história

Retrato de Irmã Dulce (Alfonso Lafita/ Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Retrato de Irmã Dulce (Alfonso Lafita/ Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de julho de 2019 às 12h34.

Última atualização em 1 de julho de 2019 às 12h40.

São Paulo - O papa Francisco anunciou nesta segunda-feira, 1º, durante o Consistório Ordinário Público, a data de canonização de Irmã Dulce. A canonização será celebrada no domingo, 13 de outubro de 2019, no Vaticano, durante o Sínodo para a Amazônia.

Durante o Consistório, o pontífice anunciou a canonização de cinco beatos. Além de Irmã Dulce, serão canonizados os beatos John Henry Newman, cardeal, fundador do Oratório de São Filipe Néri na Inglaterra; Giuseppina Vannini (no século Giuditta Adelaide Agata), fundadora das Filhas de São Camilo; Maria Teresa Chiramel Mankidiyan, fundadora da Congregação das Irmãs da Sagrada Família e Margherita Bays, Virgem, da Ordem Terceira de São Francisco de Assis.

Irmã Dulce se torna santa apenas 27 anos após seu falecimento. Só a santificação do papa João Paulo II, nove após sua morte, e de madre Teresa de Calcutá, 19 anos após o falecimento, exigiram menos tempo.

Irmã Dulce será a primeira santa nascida no Brasil, que até agora só tem um santo brasileiro de nascimento - Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, o Frei Galvão.

O papa Francisco autorizou a promulgação do decreto de canonização no dia 14 de maio, em audiência com o prefeito da Congregação das Causas dos Santos, cardeal Angelo Becciu, após o reconhecimento do segundo milagre da freira. Embora não tenham sido divulgados detalhes, a arquidiocese confirmou que o milagre seria a cura de uma pessoa cega.

Conforme o arcebispo, o milagre validado pelo Vaticano passou por três etapas de avaliação, incluindo o aval científico dado por peritos médicos, os pareceres de teólogos e a aprovação final pelo colégio cardinalício.

"É importante ressaltar que uma graça só é considerada milagre após atender a quatro pontos básicos: a instantaneidade, que assegura que a graça foi alcançada logo após o apelo; a perfeição, que garante o atendimento completo do pedido; e a durabilidade e permanência do benefício e seu caráter preternatural, não explicado pela ciência", informou.

Acompanhe tudo sobre:Igreja CatólicaPapa FranciscoReligiãoVaticano

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP