O ministro do Esporte, Aldo Rebelo: segundo o ministro, na Copa, ao contrário das Olimpíadas, o governo não tem responsabilidade na preparação dos atletas. (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2013 às 16h11.
Brasília – O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse, nesta terça-feira (9), que, apesar dos investimentos públicos via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Copa do Mundo é um evento predominantemente privado.
Rebelo, que participou de uma audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, fez a afirmação depois de ser questionado pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR) sobre os valores gastos pelo governo para a realização do Mundial. “O custo da Copa foi transformado numa verdadeira caixa preta”, criticou Dias.
Segundo o ministro, na Copa, ao contrário das Olimpíadas, o governo não tem responsabilidade na preparação dos atletas. Ele explicou que o BNDES disponibilizou R$ 400 milhões para a construção de estádios, mas nem todos os estados tomaram o empréstimo. Quanto aos demais investimentos que o governo está fazendo em infraestrutura, Rebelo destacou que as obras já estavam previstas independentemente da Copa.
“Os investimentos públicos são em obras de interesse público, de mobilidade urbana, portos, aeroportos, segurança pública, telecomunicações e esses investimentos se tornarão uma herança, um legado para o país, para as cidades e para a população depois da realização da Copa. Estádios só recebem financiamento do governo federal, mediante as garantias exigidas de qualquer tomador. A aplicação desses recursos tem o acompanhamento e a fiscalização de mais de uma dezena de órgãos de controle”, esclareceu.
O ministro do Esporte também descartou possíveis problemas de racionamento de energia. Aldo disse que apesar de ser uma uma responsabilidade dos estados, o governo federal fez uma licitação com redução de preços, para contratar geradores que garantam o evento.
O ministro disse que não cabia a ele comentar, nem poderia dar detalhes sobre o contrato emergencial feito pelo governo do Distrito Federal com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Segundo o senador Cyro Miranda (PSDB-GO), o convênio seria no valor de R$ 35 milhões, para contratação de equipamentos de segurança para o Estádio Nacional de Brasília.
Aldo Rebelo limitou-se a esclarecer que além da construção dos estádios, há também um compromisso com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) de montar uma estrutura temporária, fora das arenas. Essa estrutura deve ser capaz de acolher a mídia, o serviço médico, a segurança e uma área reservada a convidados da Fifa.