Enchente na Marginal Tietê, em São Paulo, em 1991: problemas persistem (NELLIE SOLITRENICK/VEJA)
Da Redação
Publicado em 12 de janeiro de 2011 às 11h08.
São Paulo - Apesar do crescimento no caixa da cidade de São Paulo, os investimentos municipais em ações antienchentes ainda não retornaram aos níveis de antes da crise de 2008. No total, R$ 358 milhões foram contratados no ano passado para obras como canalização e limpeza de córregos, ações emergenciais e construção de piscinões e galerias pluviais, contra R$ 389,4 milhões em 2008 - queda de 8,7%.
Para o cálculo, foram usadas as principais rubricas de saneamento dos três últimos anos, disponíveis no sistema de execução orçamentária da Prefeitura. Os valores estão atualizados até 19 de dezembro do ano passado e foram corrigidos pela inflação no período - que, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 10,47%.
A principal queda nos investimentos se deve às obras de canalização de córregos. Enquanto R$ 144,5 milhões foram investidos em ações do tipo em 2008, no ano passado apenas R$ 36 2 milhões foram empenhados - 75% a menos. A situação, no entanto deve mudar este ano: o Orçamento de 2011 da Prefeitura prevê R$ 681 milhões para obras antienchentes, um valor recorde.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura utilizou outro período para analisar os investimentos e disse que eles “têm sido ampliados ano a ano”. Em nota, a administração municipal afirma que os investimentos “mais que quadruplicaram” entre 2005 e 2010 passando de R$ 97 milhões para R$ 422 milhões, mas não mostrou quais foram as rubricas analisadas para chegar nestes números. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.