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Investigados na Lava Jato tinham empresa em paraíso fiscal

Segundo jornalista, análise das fichas dos correntistas do HSBC na Suíça mostrou que a família Queiroz Galvão tinha empresas nas Ilhas Virgens Britânicas.

HSBC Bank (Susana Gonzalez)

HSBC Bank (Susana Gonzalez)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 11h35.

São Paulo – A análise das fichas dos correntistas do HSBC na Suíça mostrou que nove integrantes da família Queiroz Galvão tinham empresas em paraísos fiscais. A família comanda a Galvão Engenharia, uma das empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. As informações são do blog do jornalista Fernando Rodrigues, no UOL.

Segundo o jornalista, existem três empresas dos Queiroz Galvão em Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas. As empresas são as offshores: Fipar Assets Ltd., Montitown United Ltd. e Melistar Management Inc.

A partir desta informação, os investigadores da Operação Lava Jato podem solicitar dados sobre a movimentação financeira dessas empresas.

A Operação investiga esquema de lavagem de dinheiro, formação de cartel e pagamento de propina envolvendo a Petrobras e empresas que firmaram contratos com a estatal, em especial empreiteiras.

Já o HSBC da Suíça foi denunciado sob suspeita de ter ajudado clientes de mais de 200 países a sonegar impostos, entre 2006 e 2007. A lista de clientes inclui brasileiros.

O jornalista Fernando Rodrigues já havia revelado que ao menos 11 pessoas ligadas ao esquema de corrupção na Petrobras mantiveram contas secretas no HSBC suíço.

Além dos integrantes da família Queiroz Galvão, estavam na lista o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, o empresário Júlio Faerman e o doleiro Henrique Raul Srour.

Em nota, a empreiteira Queiroz Galvão, outra empresa da família, negou irregularidade na existência das contas na Suíça e não comentou a operação de offshores.

“A Queiroz Galvão afirma que todo o patrimônio dos seus acionistas porventura existente no exterior sempre se submeteu aos registros cabíveis perante as autoridades competentes”, disse a empresa.

Contatado pelo blog, o advogado da família, José Luis Oliveira Lima, disse que a Galvão Engenharia não tem nada a declara. 

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