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Investigador da Monte Carlo na PF é assassinado em Brasília

A Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal investigam o assassinato

O prejuízo aos cofres públicos que a PF investiga pode ultrapassar a cifra de R$ 30 milhões (Fernando Moraes/Veja SP)

O prejuízo aos cofres públicos que a PF investiga pode ultrapassar a cifra de R$ 30 milhões (Fernando Moraes/Veja SP)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2012 às 19h49.

Brasília - Um agente da Polícia Federal que trabalhou nas investigações da operação Monte Carlo foi assassinado na tarde desta terça no cemitério Campo de Esperança, em Brasília. Wilton Tapajós Macedo, o "agente Tapajós" levou dois tiros na cabeça e morreu na hora. A Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal investigam o assassinato. A operação Monte Carlo revelou as atividades do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Uma das linhas de investigação considera que Tapajós tenha marcado um encontro com um informante dentro do cemitério. Os assassinos fugiram no carro de Wilton, um Volkswagen Gol. Um coveiro presenciou o crime e avisou a polícia. Até o início da noite, peritos da PF estavam no local.

Wilton foi encontrado próximo ao túmulo de seus pais. Os policiais que investigam o caso não sabem ainda se ele estava visitando o túmulo ou se foi morto em uma emboscada, ao ter marcado o encontro nesse local. A diretoria geral da PF ainda não se posicionou sobre o caso e não informou se há alguma ligação com as atividades da operação Monte Carlo.

Wilton tinha 54 anos, 24 anos na Polícia Federal, onde trabalhava no núcleo de inteligência. Atuou na CPI da pedofilia e também em investigações sobre tráfico de drogas. Deixa três filhos e esposa.

Pessoas ligadas à Monte Carlo já foram alvo de ameaças. O juiz Paulo Augusto Moreira Lima, que comandava o inquérito da operação na 11ª Vara de Justiça Federal de Goiás, deixou o comando do inquérito em junho, depois de comunicar ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) que sua família estava correndo risco e sofrendo ameaças veladas. A procuradora da República Léa Batista de Souza, que também atuou na Monte Carlo, igualmente recebeu ameaças.

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