Brasil

Investigado pelo STF na Lava Jato presta depoimento à PF

Luiz Heinze prestou depoimento por cerca de uma hora e meia na sede da Polícia Federal sobre suposto envolvimento nos crimes da Lava Jato


	Deputado Luiz Carlos Heinze: parlamentar forneceu explicações a dois membros do Ministério Publico e a um delegado da Polícia Federal
 (Divulgação/Site Oficial)

Deputado Luiz Carlos Heinze: parlamentar forneceu explicações a dois membros do Ministério Publico e a um delegado da Polícia Federal (Divulgação/Site Oficial)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2015 às 16h36.

rasília - O deputado Luiz Heinze (PP-RS), alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento nos crimes investigados pela Operação Lava Jato, prestou depoimento por cerca de uma hora e meia na manhã desta sexta-feira, 10, na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília.

Corrêa recebeu propina na Petrobras quando era julgado no mensalão, afirma juiz

O parlamentar forneceu explicações a dois membros do Ministério Publico e a um delegado da Polícia Federal sobre a acusação de ter recebido propina no esquema ligado à Petrobras, delatado pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor de Abastecimento da petroleira Paulo Roberto Costa.

Em depoimentos prestados à PF como parte do acordo de delação premiada, Youssef disse que Heinze está entre os parlamentares do PP que recebiam pagamento mensal em troca de apoio à manutenção de Costa na diretoria de Abastecimento.

Heinze disse que se dispõe a abrir mão de seu sigilo telefônico, bancário e fiscal a fim de mostrar que não recebeu propina. Ele afirmou ainda que apresentou à PF uma lista mostrando como ele votou em diversos projetos que tramitaram na Câmara dos Deputados.

Com isso, ele pretende mostrar que é um parlamentar ligado à oposição, e que votou contra o governo em vários projetos. "Sou um deputado mais ligado à oposição. Se é que pagaram para votar (a favor do governo) eu não votei", disse à reportagem ao deixar a sede da PF em Brasília.

O deputado disse ainda que "vários parlamentares de seu partido citados são inocentes" e que não tiveram envolvimento com o esquema de propina abastecido pela Petrobras.

"O protagonista principal é o PT. Nós inocentemente estamos arrolados", disse.

Conforme divulgou o jornal O Estado de S. Paulo, os parlamentares investigados na Lava Jato têm se queixado do "constrangimento" de se apresentarem à Polícia Federal.

Segundo relatos de interlocutores, o pedido é para que os próximos possam depor na sede da Procuradoria-Geral da República (PGR). Já prestaram depoimento à PF os deputados do PP-RS Jerônimo Goergen e Renato Molling, na última quarta-feira, além dos senadores do PT Lindbergh Farias (RJ), Humberto Costa (PE) e Gleisi Hoffmann (PR), que foi acompanhada do marido, o ex-ministro Paulo Bernardo.

Acompanhe tudo sobre:Operação Lava JatoPolícia FederalSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Fachin se encontra com Papa Leão XIV no Vaticano antes de assumir presidência do STF

Brasil enfrenta onda de tempestades com risco de tornados nesta semana

Aviação brasileira supera número de passageiros do pré-pandemia em 8,5% e dá força a novos destinos

Dia do Gaúcho: por que 20 de setembro é considerado feriado no Rio Grande do Sul