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Investigação contra Dallagnol; projeção do PIB vai a 1%; Caixa venderá sua participação na Petrobras...

PETROBRAS: Caixa econômica venderá toda sua participação na petroleira  / REUTERS/Paulo Whitaker (Paulo Whitaker/Reuters)

PETROBRAS: Caixa econômica venderá toda sua participação na petroleira / REUTERS/Paulo Whitaker (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2019 às 07h18.

Última atualização em 11 de junho de 2019 às 09h00.

Estimativa da produção industrial recua

Economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central cortaram em mais de três vezes a estimativa para a produção industrial neste ano, segundo relatório desta segunda-feira,10. O levantamento semanal apontou que a expectativa agora é de um crescimento da indústria de apenas 0,47% em 2019, contra expansão prevista anteriormente de 1,49%. Para 2020, permanece a previsão de crescimento de 3%. A produção industrial brasileira iniciou o segundo trimestre com alta abaixo do esperado de 0,3% em abril, pressionada pela indústria extrativa e mostrando irregularidade.

Projeção do PIB vai a 1%

No mesmo boletim Focus, as contas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 passaram a 1%, de 1,13% na pesquisa anterior. A perspectiva para a economia no próximo ano também diminuiu, a 2,23%, de 2,50%. Com a fraqueza da economia, os economistas agora veem a taxa básica de juros Selic em 7% ao final de 2020, de 7,25% antes. Para este ano, entretanto, ainda esperam manutenção na mínima recorde atual de 6,5%. Para a inflação, os economistas passaram a ver uma taxa em 2019 abaixo de 4%. A expectativa agora é de alta do IPCA de 3,89%, contra 4,03% há uma semana, enquanto que para 2020 permanece a estimativa de avanço de 4%. O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25 por cento e, de 2020, de 4 por cento, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Caixa econômica venderá toda sua participação na Petrobras

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 10, um oferta pública de ações na qual a Caixa Econômica Federal deve vender toda a fatia que possui da estatal. Ao todo, vão ser vendidas as 241.340.371 ações ordinárias (que dão direito a voto), equivalente a cerca de 3,2% do total da estatal. A oferta, que envolverá distribuição no Brasil e no exterior sob a forma de American Depositary Receipts (ADRs) — títulos que permitem a empresas estrangeiras serem cotadas nas bolsas dos Estados Unidos —, movimentaria um total de 7,2 bilhões de reais, considerado o preço de fechamento das ações da petroleira estatal em 7 de junho. A oferta será coordenada por UBS (coordenador líder), Morgan Stanley, Bank of America Merrill Lynch e XP Investimentos. O preço por ação será fixado após conclusão do procedimento de coleta de intenções de investimento junto a investidores institucionais.

Investigação contra Dallagnol

O corregedor nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel, abriu reclamação disciplinar nesta segunda-feira contra procuradores da Lava Jato em Curitiba para apurar as supostas mensagens vazadas entre eles e o então juiz Sergio Moro — hoje ministro da Justiça e Segurança Pública — divulgadas pelo site Intercept Brasil, informou o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Segundo nota publicada no site do CNMP, com a decisão de Rochadel, o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, será notificado e terá dez dias para se manifestar sobre o caso.

Joice Hasselmann: “não houve desvio de conduta”

A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), contou que conversou na manhã desta segunda-feira, 10, com o ministro da Justiça, Sergio Moro, e disse que este lhe garantiu que não há qualquer desvio de conduta legal ou moral nas mensagens que teria trocado com procuradores da Lava Jato e que foram publicadas no domingo pelo site The Intercept. “É cedo para tomar qualquer posição em relação a esse assunto, mas conversei com o ministro Sergio Moro e ele me garantiu que não há qualquer desvio de conduta legal ou moral, e que as mensagens foram colocadas fora de contexto. Temos de esperar para ver o que vai acontecer, mas acredito na palavra de Moro”, disse a deputada.

Mourão: “Conversa privada é conversa privada”

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira, 10, que o ministro da Justiça, Sergio Moro, é da confiança do presidente Jair Bolsonaro e que não viu nada demais nas conversas atribuídas ao ministro e ao coordenador da operação Lava Jato no Ministério Público, Deltan Dallagnol, publicadas pelo site Intercept Brasil. “Conversa privada é conversa privada. Descontextualizada ela traz qualquer número de ilações. O ministro Moro é uma pessoa da mais ilibada confiança do presidente, é uma pessoa que dentro do país tem um respeito enorme da maior parte da população”, disse o vice-presidente. Mourão ressaltou ainda que os processos que passaram pelo então juiz de primeira instância foram confirmados na segunda instância e, em alguns casos, na terceira instância. As reportagens do Intercept, no entanto, mostram conversas diretamente relacionadas as investigações da lava-jato, não sendo do cunho privado de Moro e Dallagnol.

Boris Johnson: cortar imposto dos mais ricos

Defensor destacado da separação britânica da União Europeia (UE), Boris Johnson prometeu cortar impostos dos que ganham mais, caso se torne o próximo primeiro-ministro do Reino Unido agora que a corrida para suceder Theresa May começou oficialmente nesta segunda-feira, 10. As candidaturas para substituir May devem ser registradas até hoje, e cada um dos 11 candidatos declarados precisa angariar ao menos oito apoiadores entre os mais de 300 parlamentares conservadores eleitos. O novo premiê eleito terá o desafio de concretizar o Brexit até dia 31 de outubro, prazo máximo dado pela UE. Dominic Raab, que foi ministro do Brexit e saiu por rejeitar o acordo de May, disse que ele também poderia conseguir um novo pacto, mas prometeu que o Reino Unido deixará o bloco no prazo, mesmo que isso signifique regredir para os termos comerciais básicos da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Canadá proibirá plástico descartável até 2021

Na onda dos países que estão banindo o uso de plástico não-recicláveis, o Canadá proibirá até 2021 o uso de utensílios de uso único, anunciou nesta segunda-feira, 10, o primeiro-ministro Justin Trudeau. “A poluição por plástico é uma praga mundial”, disse à imprensa o dirigente liberal ao anunciar que a lista precisa de produtos proibidos será anunciada após a realização de avaliações científicas. “Como pais, quando levamos as crianças à praia, temos que buscar areia que não esteja cheia de plástico, de garrafas ou de espuma de poliestireno”, disse Trudeau. Anualmente, um milhão de pássaros e mais de cem mil mamíferos se ferem ou morrem por ficarem presos em meio a dejetos plásticos ou por ingeri-los, pontuou  no comunicado o primeiro-ministro canadense.

Hong Kong voltará às ruas contra lei de extradição

Novas manifestações foram convocadas para quarta-feira, 12, em Hong Kong, contra um polêmico projeto de lei que permitirá extradições para a China. Neste domingo, 9, um ato reuniu um milhão de pessoas. A manifestação de ontem, entretanto, não convenceu o governo a desistir do polêmico projeto de lei. “É uma lei muito importante, que permitirá o triunfo da justiça e garantirá que Hong Kong cumpra com suas obrigações internacionais em termos de criminalidade transnacional”, declarou a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam. Diante da recusa de Lam, a oposição convocou uma nova mobilização. “Em 12 de junho, esperamos que a Frente Civil dos Direitos Humanos inicie a manifestação às 10h locais (23h de Brasília, terça-feira)”, afirmou nesta segunda-feira, 10, Jimmy Sham, um dos organizadores do movimento.

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