Alerta vermelho do Inmet indica risco grave de frio intenso com potencial para danos à saúde e à agricultura no Sul do Brasil (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 27 de maio de 2025 às 07h27.
Última atualização em 27 de maio de 2025 às 09h13.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) colocou a região Centro-Sul do Brasil em alerta vermelho para frio intenso, indicando risco grave à saúde e potencial para impacto na agricultura e infraestrutura.
O alerta vermelho é o nível máximo no sistema de avisos do Inmet, que classifica os fenômenos meteorológicos em três níveis de intensidade: amarelo, laranja e vermelho.
O sistema de avisos do Inmet, conhecido como Alert-AS (Centro Virtual para Avisos de Eventos Meteorológicos Severos), monitora as condições do tempo e emite alertas para que a população, setores públicos e privados possam se preparar para eventos como frio extremo, tempestades, ventos fortes e chuvas intensas.
O alerta amarelo indica perigo potencial, sugerindo atenção para mudanças no tempo que ainda não representam risco imediato.
O nível laranja, ou perigo, aponta fenômenos que já podem causar transtornos e demandam cuidados redobrados.
Já o alerta vermelho, chamado de grande perigo, é acionado quando há previsão de eventos severos com alto potencial de causar danos significativos à saúde, à segurança pública e ao patrimônio.
O Inmet avisou sobre frio intenso no Sul do país. Os alertas vermelhos vão de 28 a 29 de maio. Eles cobrem os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Também incluem partes de São Paulo, Mato Grosso do Sul e outros estados do Centro-Sul. A previsão aponta queda de temperatura de até 5°C, com mínimas que podem chegar a -7°C em áreas serranas, criando condições para neve e geadas fortes.
O Inmet reforça que o alerta do Alert-AS tem como objetivo informar sobre os riscos meteorológicos para que a população e órgãos públicos possam tomar medidas preventivas.
Esses alertas são diferentes daqueles emitidos pela Defesa Civil, que utiliza dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) para focar em riscos imediatos à população, como enchentes e deslizamentos.
A chegada da frente fria, com origem polar, será marcada por duas ondas principais: a primeira, com início em 27 de maio, provoca chuva e queda inicial de temperatura; a segunda, entre 31 de maio e 1º de junho, reforça o frio, derrubando os termômetros principalmente no Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Com o alerta vermelho ativo, o Inmet chama atenção para o potencial de danos à saúde, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias, além dos impactos para a agricultura e o transporte. A população deve adotar cuidados como evitar exposição prolongada ao frio intenso, aquecer ambientes e redobrar atenção ao dirigir em condições de baixa temperatura e possível formação de gelo nas estradas.
Mapa divulgado pelo Inmet alerta para a queda de temperaturas nos próximos dias (Reprodução/ Inmet )
O Alert-AS do Inmet categoriza avisos meteorológicos em três níveis, baseados na intensidade e impacto esperado do fenômeno:
Amarelo: perigo potencial — indica que há condições que podem se agravar, mas que ainda apresentam baixo risco imediato.
Laranja: perigo — sinaliza fenômenos que já podem causar transtornos e exigem atenção e cuidados preventivos.
Vermelho: grande perigo — prevê situações severas, com alto risco de prejuízos à saúde, segurança e infraestrutura.
Os alertas são emitidos com antecedência para permitir que autoridades, empresas e população se preparem e minimizem danos. Cada aviso detalha a área afetada, período de validade e recomendações específicas para a situação.
Apesar de o Inmet ser o órgão oficial de meteorologia, é o Cemaden que emite alertas para desastres naturais, utilizados principalmente pela Defesa Civil, focando em riscos como enchentes e deslizamentos.
O sistema de alertas usa monitoramento contínuo. Ele combina satélites, radares e modelagens climáticas. Isso ajuda a prever fenômenos severos. Essa integração é essencial para gerir os riscos climáticos no Brasil.