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Interventor do COI mostra otimismo com obras no Rio

Para o dirigente suíço, no entanto,parte dos atrasos se deve a uma característica cultural dos brasileiros, de deixar as coisas para o último minuto


	Rio de Janeiro: Felli deixou claro que ainda há muito trabalho pela frente
 (Yasuyoshi Chiba/AFP)

Rio de Janeiro: Felli deixou claro que ainda há muito trabalho pela frente (Yasuyoshi Chiba/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2014 às 09h07.

Lausanne - Designado há cerca de três meses para monitorar de perto as obras no Rio para receber a Olimpíada de 2016, como uma espécie de interventor do Comitê Olímpico internacional (COI) na organização do evento, Gilbert Felli afirmou nesta terça-feira que a situação melhorou durante este período, prevendo que tudo ficará pronto dentro do prazo adequado para a realização dos Jogos.

Para o dirigente do COI, o sucesso da Copa do Mundo aumentou o ânimo dos brasileiros e deu confiança para superar os atrasos e entregar as obras dos Jogos Olímpicos de 2016 dentro do prazo.

"Podemos ver a mudança no humor dos brasileiros com a Copa do Mundo, a percepção está muito mais positiva. Eles agora têm confiança de que podem entregar a Olimpíada", avaliou.

Felli disse não ver razão para pânico e prevê que a maioria dos projetos volte a estar dentro do cronograma inicial no final de setembro. Além disso, garantiu não ter planos de mudar o local de disputa de nenhuma das modalidades, um temor das federações esportivas internacionais.

O interventor do COI deixou claro, no entanto, que ainda há muito trabalho pela frente.

"A situação continua tensa, mas podemos ter mais otimismo. Até os Jogos serem entregues, eu continuarei preocupado, mas não é o caso de dizer que não conseguiremos. Acredito que os brasileiros vão fazer uma excelente competição, mas nós temos que trabalhar todo dia para isso", explicou.

De acordo com Felli, o risco é que os organizadores da Olimpíada caiam na armadilha de achar que está tudo bem após o sucesso da Copa do Mundo, cujos estádios foram entregues no limite.

Para o dirigente suíço, parte dos atrasos se deve a uma característica cultural dos brasileiros. "Eles gostam de adrenalina, de deixarem algumas coisas para o último minuto, e nós temos explicado que na Olimpíada isso não pode acontecer", contou.

Diante da preocupação do COI e das federações dos esportes que fazem parte do programa olímpico, Felli passou a acompanhar mais de perto a preparação do Rio a partir de abril.

Desde então, já fez duas viagens à cidade, permanecendo duas semanas em cada. Ele volta nesta quarta-feira, para mais um período de trabalho.

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