Brasil

Intervenção não é por interesse eleitoral, diz porta-voz de Temer

Segundo porta-voz, "o presidente da República não se influenciou por nenhum outro fator, a não ser atender a uma demanda da sociedade"

Michel Temer: segundo porta-voz, (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: segundo porta-voz, (Ueslei Marcelino/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 15h14.

Brasília - O porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, afirmou nesta quarta-feira que a "agenda eleitoral não é, nem nunca será, causa das ações do presidente", em resposta a declarações de que o presidente Michel Temer decidiu decretar intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro de olho nas eleições de outubro.

"O presidente da República não se influenciou por nenhum outro fator, a não ser atender a uma demanda da sociedade. É essa a única lógica que motivou a intervenção federal na área de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro", disse o porta-voz.

Em entrevista à rádio Itatiaia na manhã desta quarta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a decisão sobre a intervenção no Rio de Janeiro foi tomada por uma questão eleitoral, porque o presidente "quer pegar os votos do Bolsonaro".

O próprio marqueteiro do governo, Elsinho Mouco, afirmou, em declarações publicadas em coluna do jornal O Globo desta quarta-feira, que "Temer já é candidato", e que o presidente "apostou todas as fichas" na intervenção.

Mais tarde, em nota, o marqueteiro explicou que as declarações eram opiniões particulares, e que não tem alçada para "falar em nome do governo". A fala de Mouco também foi rebatida pelo porta-voz.

"Assessores ou colaboradores que expressem ideias ou avaliações sobre essa matéria não falam, nem têm autorização para falar, em nome do presidente", disse Parola.

"O governo seguirá sua trajetória sem pautar-se pela busca do aplauso fácil, mas na rota firme das decisões corajosas que buscam enfrentar e resolver os dramas verdadeiros de nossa Nação, sem nenhuma significação eleitoral".

 

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2018ExércitoLuiz Inácio Lula da SilvaMichel TemerRio de JaneiroSegurança pública

Mais de Brasil

Reforma Tributária: pedido de benefícios é normal, mas PEC vetou novos setores, diz Eurico Santi

Ex-vice presidente da Caixa é demitido por justa causa por assédio sexual

Alíquota na reforma tributária dependerá do sucesso do split payment, diz diretor da Fazenda