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Integrantes do DEM se dividem sobre novo fundo eleitoral

Pelo texto de Ronaldo Caiado, os recursos do fundo eleitoral viriam do dinheiro que o governo repassa às emissoras por transmitirem os programas eleitorais

José Agripino: "Nós nem conversamos no partido ainda sobre isso" (Geraldo Magela/Agência Senado/Agência Senado)

José Agripino: "Nós nem conversamos no partido ainda sobre isso" (Geraldo Magela/Agência Senado/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de agosto de 2017 às 19h48.

Última atualização em 24 de agosto de 2017 às 20h32.

Brasília - O presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), disse que não há consenso na legenda sobre o projeto do líder do partido no Senado, Ronaldo Caiado (GO), para a criação de um fundo público de campanhas.

"Nós nem conversamos no partido ainda sobre isso. O Caiado não conversou com o partido ainda", disse Agripino à reportagem.

Embora a matéria já esteja pronta para votação no plenário da Casa, ele destacou que o debate sobre a proposta do correligionário ainda está na "estaca zero".

Pelo texto de Caiado, fica estabelecido que os recursos do fundo eleitoral viriam do dinheiro que o governo repassa a emissoras de rádio e televisão por transmitirem os programas eleitorais e de multas aplicadas às legendas.

Desta forma, os programas seriam exibidos apenas na TV e rádio públicas, a menos que as legendas comprem espaço nos veículos privados de comunicação.

De acordo com o líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), a ideia de Caiado é "a melhor que se apresentou dentre as hipóteses para financiamento público", mas há divergência na sigla sobre qual seria o melhor modelo de financiamento de campanha no Brasil.

Ele ponderou que, se o projeto de Caiado for a votação, contará com "total apoio" da bancada.

"A bancada vê com bons olhos (a matéria de Caiado), mas também há uma parte da bancada que defende que não sejam usados recursos públicos de nenhuma natureza e que seja utilizado o financiamento privado com limitadores, por entender que a sociedade não compreende o custo desse modelo de financiamento público", declarou Efraim.

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