inhotim (TV Brasil/Instituto Inhotim/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de fevereiro de 2019 às 09h38.
Última atualização em 10 de fevereiro de 2019 às 17h10.
Brumadinho - "Tenho certeza que o Luiz, a Camila, a Fernanda teriam orgulho do que teriam visto aqui se não tivessem sido assassinados. Teriam tido muito orgulho do Brasil por ter um parque como esse. Teriam sido muito felizes. Mas, enfim".
Quinze dias após a tragédia de Brumadinho, o Instituto Inhotim reabriu suas portas na manhã de ontem, com uma mensagem de recomeço, de reconstrução e de esperança, em meio aos esforços de funcionários de tentar superar as perdas de parentes e amigos. Mas ao menos um grupo entre os mais de mil visitantes que foram ao local também buscava homenagear seus mortos no desastre.
A frase que abre esse texto é de Vagner Diniz, padrasto de Luiz e Camila Taliberti Ribeiro da Silva, que estavam juntos na Pousada Nova Estância, soterrada pela lama. Era um grupo de seis pessoas: a namorada de Luiz, Fernanda Damian de Almeida, grávida de cinco meses, o pai biológico dos dois irmãos e a madrasta deles. Estavam todos em Brumadinho para visitar o Inhotim.
Ele, sua mulher (mãe dos dois) - Helena Taliberti - e os pais de Fernanda estão na região já há 14 dias. Os corpos de Luiz e de Camila foram encontrados, mas o de Fernanda ainda não.
O museu a céu aberto, localizado a cerca de 18 km do ponto onde a barragem se desfez, não foi afetado pelo acidente, mas havia ficado fechado em respeito às vítimas da tragédia. Assim que as atividades se iniciaram, o diretor-executivo do museu, Antonio Grassi, pediu um minuto de silêncio. "Reabrir o Inhotim é sinalizar que existe possibilidade de reconstruir as coisas."
Quando a barragem rompeu, cerca de 500 pessoas visitavam o parque e foram retiradas por precaução. Cerca de 80% dos 600 funcionários do museu é de Brumadinho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.