Brasil

Instituto do PSDB contesta sucesso da Copa

Instituto Teotônio Vilela diz que o mundial teve de positivo apenas o que ocorreu dentro das quatro linhas dos gramados


	Jogadores alemães comemoram gol na final da Copa do Mundo
 (REUTERS/Damir Sagolj)

Jogadores alemães comemoram gol na final da Copa do Mundo (REUTERS/Damir Sagolj)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2014 às 18h36.

São Paulo - Menos de 24 horas depois do encerramento do mundial de futebol no País, batizada de "a Copa das Copas", o Instituto Teotônio Vilela, braço de formulação política do PSDB, divulgou uma análise contestando a boa avaliação feita pelo governo da presidente Dilma Rousseff, que nessas eleições é candidata à reeleição pelo PT.

"Dilma Rousseff praticamente se livrou da taça ontem na cerimônia de premiação da campeã Alemanha, na tentativa de evitar vaias e apupos. Mesmo levando três segundos para passá-la às mãos do capitão Philipp Lahm, não conseguiu. Com a mesma velocidade, o governo petista quer agora dar um jeito de virar a página da Copa do Mundo, decretando seu sucesso absoluto. Devagar com o andor: política, como futebol, não se ganha no grito. A 'Copa das Copas' não aconteceu", diz o ITV.

Apesar da crítica, o Instituto Teotônio Vilela diz que o mundial teve de positivo o que ocorreu dentro das quatro linhas dos gramados, sucesso decorrente "do futebol organizado, planejado e globalizado jogado pela maior parte das 24 seleções que vieram disputar a taça".

E alerta que é "deste futebol vencedor" que o governo do PT quer afastar os bons jogadores brasileiros, citando a proposta defendida pela presidente Dilma Rousseff, na semana passada, de criar barreiras para impedir a exportação de talentos para o exterior.

"Trata-se de mesma visão isolacionista e intervencionista que marca muitos aspectos da atual gestão", critica o instituto tucano.

O ITV cita ainda outros bons resultados, "notados em relação à organização do torneio, à realização das partidas e dos eventos paralelos", mas deixa claro que tudo isso se deveu "ao esforço de milhares de brasileiros, à simpatia e hospitalidade de outros tantos e à participação de diversas esferas de governo espalhadas em 12 cidades-sede. Querer atribuir-se senhor absoluto deste êxito, como tenta fazer o governo federal, é gol de mão."

E continua nas críticas: "Pior ainda é tentar, usando todos os seus poderosos instrumentos de propaganda, decretar no grito que tivemos a 'Copa das Copas'. Entre uma bela Copa e uma Copa perfeita, vai distância tão grande quanto a que separa o futebol vencedor jogado pelos alemães da bolinha batida pela seleção do agora ex-técnico Luís Felipe Scolari."

Na análise, os tucanos dizem que o Brasil foi escolhido para sediar o torneio em outubro de 2007 e nesses quase sete anos não cumpriu o que prometeu, exemplificando que um mês antes da Copa, apenas 10% das obras de mobilidade foram concluídas e que dos 167 compromissos assumidos em 2010, apenas 53% foram finalizados a tempo do mundial sem contar que o torneio custou muito mais caro do que o previsto.

"Cabe agora explicar à população os motivos de ter feito tanto esforço para bem atender o público internacional durante 32 dias de festa e não exibir a mesma dedicação cotidiana para tornar o dia a dia de 200 milhões de brasileiros melhor. O fim dos jogos é só o início desta prestação de contas", destaca o instituto tucano.

Acompanhe tudo sobre:Copa do MundoEsportesFutebolOposição políticaPartidos políticosPolítica no BrasilPSDB

Mais de Brasil

Brasil pode ser líder em aço verde se transformar indústria com descarbonização, dizem pesquisadores

Cassinos físicos devem ser aprovados até 2026 e temos tecnologia pronta, diz CEO da Pay4fun

Com aval de Bolsonaro, eleição em 2026 entre Lula e Tarcísio seria espetacular, diz Maia

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil