Biometria: exigência começa para aposentadoria e BPC e será ampliada até 2028 (Thomas Trutschel/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 21 de novembro de 2025 às 07h00.
O governo federal passa a exigir, a partir desta sexta-feira, 21, o cadastro biométrico de quem solicitar a concessão ou renovação de aposentadorias e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) pagos pelo INSS. A medida será aplicada de forma escalonada aos demais programas sociais, com implementação total até 2028.
A biometria poderá ser registrada por meio da emissão da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou do título de eleitor, enquanto durar o período de transição. A CIN, que utiliza o CPF como identificador único, será a única base aceita a partir de 2028.
Neste primeiro momento, a exigência vale apenas para novos pedidos ou renovações do BPC e aposentadorias. Para esses casos, a biometria precisa estar vinculada a um dos três documentos autorizados. A regra vale inclusive para atualizações de dados no CadÚnico.
Outros benefícios da seguridade social, como pensão por morte, auxílio-doença, salário-maternidade, seguro-desemprego, abono salarial e o Bolsa Família, entram na obrigatoriedade apenas a partir de 1º de maio de 2026.
O governo estabeleceu um cronograma para unificar gradualmente a base biométrica em torno da nova CIN:
Segundo o governo, 11 milhões de brasileiros ainda não possuem biometria cadastrada em nenhuma base oficial, o que motivou um processo de adaptação prolongado para evitar exclusões indevidas.
Para registrar a biometria, o cidadão deve:
Alguns grupos estão dispensados do novo requisito, mediante comprovação:
Quem requerer os benefícios isentos até 30 de abril de 2026 (salário-maternidade, auxílio-doença, pensão por morte, seguro-desemprego, abono e Bolsa Família)
A unificação dos dados biométricos tem como objetivo aumentar a segurança no pagamento de benefícios e evitar fraudes. Segundo o governo, 84% dos beneficiários já possuem algum tipo de biometria registrada.