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'Injustiça', 'vingança': a reação de aliados à prisão de Bolsonaro

Prisão preventiva decretada por Alexandre de Moraes na manhã deste sábado, 22, teve forte repercussão entre parlamentares, governadores e assessores

Bolsonaro foi detido na manhã deste sábado, 22, pela Polícia Federal (Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

Bolsonaro foi detido na manhã deste sábado, 22, pela Polícia Federal (Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 22 de novembro de 2025 às 10h39.

A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), provocou forte reação entre aliados e figuras próximas ao ex-presidente.

Bolsonaro foi detido na manhã deste sábado, 22, pela Polícia Federal (PF), após a decisão que apontou risco à ordem pública, tentativa de violação da tornozeleira eletrônica e "elevado risco de fuga". O ex-presidente foi levado para a Superintendência da PF, onde ficará em uma sala de Estado, espaço reservado para autoridades.

Entre parlamentares, governadores e assessores, o tom predominante foi de indignação, acusações de abuso e de perseguição política.

O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) classificou a prisão como "uma injustiça inaceitável e uma medida que ultrapassa qualquer limite do razoável". Segundo ele, "estamos diante de uma pena desproporcional aplicada a quem, na nossa convicção, não cometeu crime algum".

O deputado Zucco (PL-RS) afirmou que a detenção de Bolsonaro marca "a maior injustiça da história".

 

Para a deputada Bia Kicis (PL-DF), trata-se de "mais uma injustiça colossal. [...] E a justificativa? A vigília convocada por seus aliados. Bolsonaro é inocente e a sua prisão põe em risco a vida do maior líder da direita."

O advogado e assessor Fábio Wajngarten afirmou que "o que aconteceu hoje é uma mancha pétrea na história do Brasil [...] É uma mancha terrível nas instituições, é uma vergonha, e eu espero que, num futuro bem próximo, isso seja revisto e o Brasil retorne ao seu caminho civilizatório e seu caminho onde as instituições não se coloquem acima do que a Constituição prevê."

 

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), disse que a decisão "ultrapassa limites constitucionais e ameaça pilares essenciais do Estado de Direito".

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também reagiu: "A injustiça prevaleceu. O Brasil viu hoje o que já sabíamos: afastaram Jair Bolsonaro do convívio da família, de forma arbitrária e vergonhosa para nossa história."

 

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP-SP), afirmou que "é triste ver Bolsonaro enfrentar esse momento". Para o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), "é muita crueldade, covardia e injustiça!".

O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), por sua vez, diz que o ato foi "completamente abusivo".

Já a deputada Caroline de Toni (PL-SC) classificou o episódio como um marco negativo. "A prisão do Presidente Bolsonaro é um dos maiores absurdos já cometidos pela 'justiça brasileira'".

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