Brasil

Iniciativa diminui tempo de espera de diagnóstico de câncer

A iniciativa tem possibilitado que os exames de imagem sejam feitos em até sete dias no Sistema Único de Sáude (SUS), em postos de saúde e clínicas da cidade


	Célula cancerígena: a iniciativa faz parte da política pública municipal Unidos pela Cura destinada a promover o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil
 (National Cancer Institute)

Célula cancerígena: a iniciativa faz parte da política pública municipal Unidos pela Cura destinada a promover o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil (National Cancer Institute)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2012 às 13h48.

Rio de Janeiro – Uma estratégia envolvendo unidades de saúde do Rio de Janeiro, institutos e entidades voltados para o combate ao câncer infantil tem diminuído drasticamente o tempo de espera para diagnóstico do câncer em crianças. Trata-se de um cartão de acolhimento, criado há quatro anos, específico para crianças com suspeita de câncer.

A iniciativa tem possibilitado que os exames de imagem sejam feitos em até sete dias no Sistema Único de Sáude (SUS), em postos de saúde e clínicas da cidade. Segundo Roberta Marques, diretora do Instituto Desiderata, uma das entidades responsáveis pela criação do cartão, antes a espera podia chegar a 60 dias, tempo em que, dependendo do estágio da doença, a criança pode até morrer.

“Nesses quatro anos temos mais ou menos 70% dos encaminhamentos em até 15 dias e 54% em até sete dias. Entre 2008 e 2012, 56% dos casos de suspeita encaminhadas com o cartão da rede Unidos pela Cura foram acolhidas em até sete dias, garantindo investigação e acesso ao tratamento mais rápidos”, disse Roberta.

A iniciativa faz parte da política pública municipal Unidos pela Cura destinada a promover o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil, doença que mais mata crianças e adolescente no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). As chances de cura se a doença for diagnosticada precocemente podem chagar a 80%.

Roberta explicou que o Desiderata e todos os membros da rede Unidos pela Cura são responsáveis pelo monitoramento dos cartões através de um sistema informatizado online. O sistema é alimentado pelos postos de saúde, hospitais e postos de investigação.

“Os postos de saúde passam o número do cartão para o sistema, ao receberem uma criança com suspeita de câncer, e a gente fica acompanhando essa criança, se já chegou ao polo de investigação, se já teve diagnóstico, se já foi encaminhada para o tratamento ou não”, explicou a diretora.

Dados do sistema divulgados pelo Inca, mostram que entre 2008 e 2011, das 475 crianças encaminhadas com o cartão de acolhimento Unidos Pela Cura, 328 tiveram a avaliação concluída e, desse total, 180 crianças tiveram a suspeita de câncer confirmada.

Acompanhe tudo sobre:Câncercidades-brasileirasDoençasHospitaisMetrópoles globaisRio de JaneiroSaúde

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas