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São Paulo é 3ª megacidade com infraestrutura mais forte, diz estudo

Estudo publicado pela Safwan Bashundhara Global analisou dados de megacidades pelo mundo todo e as ranqueou em diversas modalidades – no geral, São Paulo ficou em 3º lugar

Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo (Leandro Fonseca/Exame)

Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 25 de setembro de 2025 às 13h54.

Última atualização em 25 de setembro de 2025 às 14h13.

Analistas da empresa Safwan Bashundhara Global (SBG), grupo empresarial baseado em Bangladesh, compararam dados de diversas megacidades (cidades com 8 milhões de habitantes ou mais) pelo mundo e as ranquearam em diversas categorias, para definir quais delas têm a infraestrutura mais resiliente.

No ranking geral, divulgado nesta semana, a cidade de São Paulo ficou em terceiro lugar, apresentando uma média total de 8,44. A metrópole brasileira ficou atrás de Paris em segundo, com 9,02, e de Londres em primeiro, com pontuação de 9,53.

"São Paulo tem a pior pontuação em infraestrutura ambiental (3,59/10), mas ocupa a terceira posição entre os dez primeiros em qualidade do ar (0,72) e supera Londres e Paris em acessibilidade a serviços de saúde (4,63/10). A cidade também tem o dobro da população de Paris, com 22,9 milhões de habitantes", diz o relatório.

"Acessibilidade e serviços de saúde sólidos são vitais para a construção de megacidades resilientes, visto que populações densas são vulneráveis ​​a riscos à saúde, como surtos de doenças e sobrecarga nos serviços de saúde. Além disso, isso pode promover a equidade social e impulsionar a economia, já que uma população mais saudável pode ter forças de trabalho mais produtivas", afirma o material.

São Paulo superou cidades como Bogotá, Buenos Aires e Nova York na pontuação geral de infraestrutura.

Além disso, no top 10, o Rio de Janeiro está em sétimo lugar. A capital fluminense apresenta uma pontuação total de 8,15 e se destaca mais em sua infraestrutura ambiental.

O Brasil é o único país a aparecer duas vezes dentre as 10 primeiras megacidades. Veja a lista completa do top 10, com as respectivas notas

  1. Londres, Reino Unido - 9,35
  2. Paris, França - 9,02
  3. São Paulo, Brasil - 8,44
  4. Dar es-Salaam, Tanzânia - 8,39
  5. Kinshasa, República Democrática do Congo - 8,22
  6. Bogotá, Colômbia - 8,21
  7. Rio de Janeiro, Brasil - 8,15
  8. Buenos Aires, Argentina - 8,10
  9. Nova York, Estados Unidos - 8,06
  10. Bengaluru, Índia - 8

Entenda o ranking

O estudo analisou as megacidades e deu uma média de 0 a 10, com base na pontuação geral de sua infraestrutura. Os critérios avaliados incluem:

  • Infraestrutura ambiental – áreas verdes, sustentabilidade de áreas com densas construções, acesso da população a zonas verdes como parques e reservas;
  • Qualidade do ar - emissões de CO2 e outros gases nocivos
  • Acesso a serviços de saúde - hospitais e farmácias per capita e parcela da população que vive dentro de 1km desses serviços;
  • Infraestrutura de mobilidade – comprimento de ruas e suas densidades, porcentagem de congestionamento e tempo médio de jornada para cobrir 10 km.

Em comparação, as cinco megacidades com pior pontuação foram

  • Xangai, China – 5.18
  • Surat, Índia – 5.53
  • Dhaka, Bangladesh – 5.57
  • Nova Délhi, Índia – 5.57
  • Lagos, Nigéria – 5.60

Paradoxalmente, a pontuação média dessas últimas 5 megacidades em infraestrutura ambiental e qualidade do ar foi, em média, notavelmente maior do que suas equivalentes no top 10. Shanghai ostenta uma pontuação de 10/10 no critério de qualidade do ar.

Todavia, essas últimas cidades pecam em seus acessos a serviços de saúde e em sua infraestrutura de mobilidade.

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