Brasil

Infaero aguarda aporte do Tesouro para pagar PDV

De acordo com o presidente da estatal, o PDV será feito ao longo dos próximos meses, na medida em que o dinheiro entrar


	Gustavo do Vale, presidente da Infraero: “nosso PDV pode ser feito escalonado no tempo. Estou dizendo que, se fosse pago em uma parcela só, custaria R$ 700 milhões”
 (Cristiano Mariz/Getty Images)

Gustavo do Vale, presidente da Infraero: “nosso PDV pode ser feito escalonado no tempo. Estou dizendo que, se fosse pago em uma parcela só, custaria R$ 700 milhões” (Cristiano Mariz/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2014 às 15h54.

Rio de Janeiro - O aporte do Tesouro Nacional de cerca de R$ 700 milhões para o Plano de Demissão Voluntária (PDV) da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeronáutica (Infraero) deve ser feito até fevereiro de 2015.

A previsão é do presidente da estatal dos aeroportos, Gustavo do Vale. Ele disse hoje (9) que, de um total de 13 mil funcionários, 2,9 mil devem aderir ao plano.

Eles aguardam o reforço no orçamento para se desligar da empresa. Dois mil e duzentos mil funcionários já estão inscritos.

De acordo com do Vale, o PDV será feito ao longo dos próximos meses, na medida em que o dinheiro entrar.

“Nosso PDV pode ser feito escalonado no tempo. Estou dizendo que, se fosse pago em uma parcela só, custaria R$ 700 milhões”, explicou, durante anúncio de obras de infraestrutura e refrigeração no Aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio de Janeiro.

A Infraero ofereceu o PDV na tentativa de equilibrar as contas, depois que as administrações dos principais aeroportos da estatal foram cedidas à iniciativa privada.

As despesas ficaram maiores que as receitas desde de setembro, quando a empresa cedeu a administração dos aeroportos internacionais do Rio de Janeiro e de Confins, em Belo Horizonte. Segundo do Vale, o déficit atual é R$ 40 milhões por mês, montante que está sendo coberto com as economias da estatal.

“Temos, vamos dizer, recursos provisionados do passado, que nos permitem segurar isso [o déficit] até fevereiro de 2015. Aí [em fevereiro], sim, vamos precisar dos recursos do Tesouro [para equilibrar as contas da estatal]”, reforçou o presidente da Infraero.

Apesar do déficit gerado pelas concessões, o presidente da Infraero explicou que economizará recursos no longo prazo, já que deixará de arcar com custos e investimentos nos terminais.

As concessionárias pagam ao governo R$ 2,6 bilhões por ano, enquanto custo dessa administração é R$ 450 milhões.

“Ou seja, há uma sobra de R$ 2,2 bilhões”, disse. O dinheiro, no entanto, é distribuído pelo governo. “Não existe só a Infraero no mundo”, frisou.

No aeroporto Santos Dumont, o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, anunciou R$ 58 milhões para a compra e instalação de equipamentos de ar condicionado mais potentes, além de geradores.

Serão colocadas ainda películas nos vidros para diminuir a incidência dos raios solares e diminuir “o efeito estufa”, explicou Franco. Também está em reforma uma área para 12 novas lojas.

Acompanhe tudo sobre:AeroportosAviaçãoDemissõesDesempregoEmpresas estataisEstatais brasileirasgestao-de-negociosInfraeroServiçosSetor de transporteTesouro NacionalTransportes

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas