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Inep encontra inconsistência que gerou notas baixas em correção do Enem

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, diz que ninguém será prejudicado. Cerca de 39.000 alunos podem ter sido afetados

Aplicativo de celular do Enem: notas foram divulgadas na sexta-feira 17 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Aplicativo de celular do Enem: notas foram divulgadas na sexta-feira 17 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 18 de janeiro de 2020 às 13h56.

Última atualização em 18 de janeiro de 2020 às 17h21.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, informou neste sábado 18 que foram encontrados quatro casos de inconsistências na correção da segunda prova do exame, cujos resultados foram divulgados na sexta-feira 17.

Devido ao erro, alguns alunos relataram nas redes sociais terem sido surpreendidos com notas baixas. O Inep afirmou acreditar que 1% dos candidatos foram afetados, o que totalizaria cerca de 39.000 pessoas. Até agora, foram confirmados quatro casos, todos em Viçosa, em Minas Gerais.

Pelo Twitter, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que até segunda-feira 20 o problema será resolvido e ninguém será prejudicado. Segundo o ministro, o alcance do problema é "muito baixo".

"Houve inconsistência no gabarito de algumas provas do Enem 2019 e, por isso, candidatos foram surpreendidos com os resultados de suas notas. O número é muito baixo. Até segunda-feira, dia 20, tudo será resolvido. Pedimos desculpas aos participantes do exame pelo transtorno", escreveu o ministro.

Gráfica

Em coletiva de imprensa realizada nesta manhã, em Brasília, o presidente do Inep, Alexandre Lopes, disse que o erro foi provocado pela gráfica responsável pela impressão da prova.

Segundo o presidente, o arquivo enviado pela empresa para a Cesgranrio e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsáveis pela aplicação da prova, provocou o problema. No caso dos quatro alunos com erro na correção confirmados até agora, o problema veio do fato de que o gabarito não era da cor da prova feita pelo aluno.

Ou seja, a resposta certa na prova amarela pode ser da letra A, enquanto a certa na prova azul pode ser da letra E. Assim, o sistema de correção, que é automático, identificou que o aluno errou as questões.

O Inep colocou à disposição um endereço de e-mail para que os alunos tirem dúvidas sobre suas notas e possam pedir a verificação de sua situação. Os participantes que acreditam haver necessidade de revisão em suas notas devem enviar um e-mail para o endereço eletrônico enem2019@inep.gov.br.

Em nota enviada à imprensa, o órgão afirmou ainda que a equipe técnica do instituto está realizando varreduras na base de dados "para detectar e solucionar cada um dos casos individualmente", e que tudo será finalizado até segunda-feira 20.

O Inep afirma também que não haverá prejuízo ao cronograma do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e que "nenhum participante será prejudicado".

Acompanhe tudo sobre:abraham-weintraubEnemMEC – Ministério da Educação

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