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Indicações de Lupi geram duas demissões no INSS no governo Lula

Ministro também liderou a pasta do Trabalho durante segundo mandato do petista e primeiro de Dilma

Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (Joédson Alves/Agência Brasil)

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Agência o Globo
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Publicado em 24 de abril de 2025 às 07h26.

Última atualização em 24 de abril de 2025 às 09h10.

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O ministro da Previdência, Carlos Lupi, do PDT, assumiu publicamente a responsabilidade pela indicação do ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto, na manhã desta quarta-feira. Horas depois, o chefe do instituto foi exonerado do cargo a mando do presidente Lula por conta da apuração de desvios de recursos de aposentados e pensionistas para entidades sindicais conveniadas ao órgão. O assunto está sendo investigado pela Polícia Federal em parceria com a Controladoria-Geral da União, no âmbito da operação Sem Desconto

A escolha de Stefanutto, porém, não foi o primeiro nome de Lupi que deixou o INSS no terceiro mandato de Lula. Antes, também foi exonerado da presidência Glauco Wamburg, após denúncias de uso de passagens pagas pelo órgão em viagens para fins particulares.

Procurado, o ministro não se manifestou.

No alto escalão do governo do PT pela segunda vez, Lupi exerceu o cargo de ministro do Trabalho no governo de Dilma Rousseff até 2011, quando deixou a Esplanada desgastado por denúncias de corrupção em sua pasta. Ele negou diversas vezes irregularidades no ministério.

Lupi, que só a deixava “abatido à bala”, teve na época a demissão recomendada pela Comissão de Ética Pública, por considerar as explicações inconsistentes.

Diante da repercussão negativa das acusações no governo, Dilma decidiu demiti-lo. Ele, contudo, se antecipou e entregou a carta com pedido de saída num domingo, 4 de dezembro de 2011, quando estava no cargo há praticamente cinco anos. A indicação ocorreu em 2007, no segundo mandato de Lula. Lupi foi mantido no cargo por Dilma.

Na carta entregue a Dilma no Palácio da Alvorada, Lupi dizia que o pedido de demissão era de caráter "irrevogável". Ele justificou que estava sendo perseguido e que deixava o governo com a consciência tranquila.

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