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Desabamento em SP: buscas concentram-se na área da escada de emergência

Na área ficaram escombros de menor tamanho, o que permite que os bombeiros abram espaços para a visualização entre as lajes

Desabamento: esquipes estão usando equipamentos específicos para fazer varreduras no interior da montanha de escombros (Leonardo Benassatto/Reuters)

Desabamento: esquipes estão usando equipamentos específicos para fazer varreduras no interior da montanha de escombros (Leonardo Benassatto/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 2 de maio de 2018 às 17h57.

Última atualização em 2 de maio de 2018 às 18h51.

As equipes do Corpo de Bombeiros concentraram hoje (2) as buscas por sobreviventes no local onde ficavam as escadas de emergência do prédio que desabou ontem, no centro da capital paulista. Na área ficaram escombros de menor tamanho, o que permite que os bombeiros abram espaços para a visualização entre as lajes.

"Hoje estamos trabalhando no quadrante um, é a parte colada na igreja, no fundo do prédio, das escadas de segurança, as escadas de emergências. Ali teremos todo o trabalho de busca. Faremos essas buscas concentradas porque ali a gente consegue remover pequenos escombros, telhas, tijolos, onde a gente consegue abrir espaços para que a gente possa ver entre as lajes", disse o capitão dos bombeiros Marcos Palumbo.

Segundo ele, as esquipes estão usando equipamentos específicos para fazer varreduras no interior da montanha de escombros. Assim que os bombeiros conseguem acessar espaços não explorados pelas buscas, câmeras térmicas são instaladas para que possam detectar possíveis sobreviventes ou focos em que a temperatura ainda está muito alta.

"A temperatura agora na base do prédio é de 150 graus. A gente acredita que, na parte interna, ainda há uma temperatura grande, perto de 300 graus", disse Palumbo. Segundo ele, bolsões de ar no interior dos escombros podem servir como uma espécie de "célula de sobrevivência" para que pessoas consigam se manter vivas entre as lajes do edifício.

"As massas de ar onde ficam presas vão ter ali um papel fundamental na sobrevida de qualquer pessoa que possa estar em uma célula de sobrevivência. No entanto, o oxigênio que ela vai ter vai ser consumido pela chama e ela vai ser muito atrapalhada pelos gases provenientes da queima dos materiais combustíveis, monóxido de carbono, dióxido de carbono, uma série de outras queimas que podem causar falta de oxigenação", disse o capitão.

No prédio vizinho, que também foi atingido pelas chamas, os bombeiros estão usando um equipamento a laser que permite detectar qualquer tipo de movimentação da edificação, prevenindo os bombeiros de um eventual desabamento.

"No prédio de pé tem sensores infravermelhos, ele faz uma marcação do prédio em relação a um ponto na terra. Se ele tiver alguma movimentação, esse sensor apita. Isso quer dizer que o prédio está em movimentação, e pode desabar. Isso não aconteceu em nenhum momento até agora".

Até o momento, os bombeiros confirmam que quatro pessoas estão desaparecidas nos escombros.

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