Brasil

Inca intensificará campanhas contra o uso do narguilé

Instituto Nacional do Câncer dedicará o Dia Nacional de Combate ao Fumo, hoje, para intensificar a campanha de combate ao narguilé

Mulher usa narguilé: uso do narguilé pode causar, a longo prazo, cânceres de pulmão, de boca e de bexiga, além de doenças respiratórias e na gengiva (Getty Images)

Mulher usa narguilé: uso do narguilé pode causar, a longo prazo, cânceres de pulmão, de boca e de bexiga, além de doenças respiratórias e na gengiva (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 10h43.

Rio de Janeiro – O Instituto Nacional do Câncer (Inca) dedicará o Dia Nacional de Combate ao Fumo, hoje (29), para intensificar a campanha de combate ao narguilé, instrumento usado para fumar tabaco com filtro de água, aspirado por meio de uma mangueira. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre tabagismo apontou, em 2008, que cerca de 300 mil pessoas usavam o narguilé no país, sendo que, deste total, 40% tinham entre 15 e 24 anos de idade.

O epidemiologista do Inca, André Szklo, destacou que enquanto o consumo do cigarro está em tendência de queda nos últimos 20 anos devido às políticas públicas implementadas, existe uma proporção significativa do uso de narguilé entre jovens escolares e universitários. Ele informou que a experimentação do narguilé, geralmente, ocorre entre 13 e 25 anos e pode servir de trampolim para o tabagismo.

“Talvez, a migração para o narguilé ocorra devido ao desconhecimento sobre os malefícios do instrumento, pois ele nunca foi trabalhado em uma campanha. As pessoas têm um imaginário de que o narguilé seria menos nocivo”, disse Szklo. Por isso, ele ponderou para a necessidade de conscientização das pessoas sobre os malefícios provocados pelo uso do narguilé.

O uso do narguilé pode causar, a longo prazo, cânceres de pulmão, de boca e de bexiga, além de doenças respiratórias e na gengiva. Segundo Szklo, o tabaco usado no narguilé, além de conter as 4.700 substâncias tóxicas do cigarro convencional, tem mais nicotina, monóxido de carbono, metais pesados, carvão e outras substâncias cancerígenas que não estão na fumaça do cigarro. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma sessão de narguilé durante cerca de uma hora equivale a fumar 100 cigarros.

No Rio de Janeiro, a campanha oferecerá, em Madureira e na rodoviária, zona norte da cidade, ações como o teste com o monoxímetro, aparelho que mede a concentração de monóxido de carbono exalada pelo pulmão. Além disso, durante todo o mês de setembro, o instituto, em parceria com a prefeitura, fará apresentações de filmes e exposições sobre o tema nos espaços digitais comunitários do município.

Acompanhe tudo sobre:CâncerCigarrosDoençasOMS (Organização Mundial da Saúde)Saúde

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas