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Inadimplentes chegam ao recorde de 57 milhões

Parcelamento de compras com juros elevados e altas taxas cobradas pelo uso do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito são causas para alta de dívida


	Crédito: 60% dos endividados têm contas atrasadas que superam toda a renda mensal
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Crédito: 60% dos endividados têm contas atrasadas que superam toda a renda mensal (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2014 às 14h37.

São Paulo - O aumento do endividamento das famílias e o descontrole ao assumir novas dívidas fizeram com que o número de inadimplentes no país batesse recorde em 2014. Até agosto, 57 milhões de pessoas estão com contas em atraso.

No mesmo período de 2013, o número estava em 55 milhões e, em 2012, girava na casa dos 52 milhões, segundo levantamento inédito da Serasa Experian divulgado nesta quinta-feira, há pouco.

A instituição aponta ainda outras duas causas para o acréscimo do número de inadimplentes: o parcelamento de compras com juros elevados (como de imóveis e carros) e altas taxas cobradas pelo uso do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito. "As dívidas não bancárias, como carnês de lojas, e aquelas contraídas com bancos foram as principais responsáveis pela alta da inadimplência", diz a nota.

O estudo revela também que 60% dos endividados têm contas atrasadas que superam toda a renda mensal. Outro dado aponta que 53% das pessoas com dívidas possuem até duas contas não pagas no prazo.

O superintendente de informações sobre consumidores da Serasa Experian, Vander Nagata, avalia que o nível da inadimplência poderia estar mais elevado, no entanto a evolução da renda e o desemprego baixo atenuam esse cenário. "A atual situação é preocupante, pois revela que do total da população brasileira com 18 anos ou mais (144 milhões de pessoas), cerca de 40% estão inadimplentes", avalia.

Ele destaca, no entanto, que o número não é alarmante, pois o volume de contas da maioria dos endividados não é alto. A Serasa voltou a reforçar que a saída para o quadro de inadimplência elevada é a educação financeira de credores e consumidores.

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