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Inadimplência tem menor nível desde 2008, diz Bradesco

O índice do banco ao final de dezembro, de 3,5%, considerando os atrasos acima de 90 dias


	Agência do Bradesco:segundo o diretor executivo do banco, a tendência é de estabilidade do índice, podendo ter queda em 2014
 (Adriano Machado/Bloomberg News)

Agência do Bradesco:segundo o diretor executivo do banco, a tendência é de estabilidade do índice, podendo ter queda em 2014 (Adriano Machado/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2014 às 12h24.

São Paulo - O índice de inadimplência do Bradesco ao final de dezembro, de 3,5%, considerando os atrasos acima de 90 dias, é o menor já apresentado pelo banco nos últimos cinco anos. O número de calotes foi 0,1 ponto porcentual menor em relação a setembro.

Trata-se da quarta redução trimestral seguida no indicador de inadimplência do Bradesco. Em um ano, o números de calotes do banco foi reduzido em 0,6 p.p.

Por estar em patamares baixos e apresentar viés de baixa, a tendência é de estabilidade do índice, podendo ter queda em 2014. A explicação é do diretor executivo do banco, Luiz Carlos Angelotti.

O número de calotes do banco, conforme ele, reforça as políticas de concessão de crédito da instituição e também a qualidade da carteira.

"O crescimento do crédito imobiliário e consignado (com desconto em folha de pagamento) ajudaram a reduzir inadimplência", afirmou Angelotti, em teleconferência com a imprensa, nesta quinta-feira, 30.

Desempenho

O ano de 2013 foi marcado por grandes desafios na conjuntura econômica e um ambiente competitivo no setor bancário, segundo o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi.


"Demos atenção redobrada a eficiência de cada negócio. Ao analisarmos os números finais, identificamos uma evolução positiva", afirmou ele, em teleconferência com a imprensa, nesta quinta-feira, 30.

Para o executivo, o balanço de 2013 do banco mostra consistência, solidez e eficiência e contou com componentes de revisão de processos operacionais. O banco fez, conforme ele, um "controle pragmático das despesas correntes". "Gasto bom é aquele que gera em contrapartida aumento da receita tangível", afirmou ele.

Sobre a carteira de crédito, Trabuco citou o crescimento de 10,8% dos empréstimos do banco em 2013, avaliando que a expansão foi menor que a prevista no início do ano passado pelo Bradesco.

O crescimento, contudo, foi qualificado, consistente e acompanhado de uma redução "expressiva" da inadimplência, de acordo com ele.

"O perfil da carteira nos permite seguir um ritmo de redução de provisões. O volume de provisões dá um conforto adicional no contexto de índice de inadimplência em queda", afirmou Trabuco.

O saldo de despesas com provisões para devedores duvidosos do Bradesco, as chamadas PDDs, totalizou R$ 21,687 bilhões no quarto trimestre, aumento de 1,8% ante um ano e de 1,0% na comparação com o terceiro.

De outubro a dezembro, os gastos com PDDs totalizaram R$ 2,961 bilhões, cifra 7,8% menor em um ano. Na comparação com os três meses anteriores, porém, foi vista alta de 2,8%.

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