Bolsonaro: O candidato do PSL fazia atividade de campanha no centro da cidade mineira quando foi atingido com uma facada (Adriano Machado/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 6 de setembro de 2018 às 18h07.
A imprensa internacional repercutiu o ataque a Jair Bolsonaro hoje (6) em Juiz de Fora (MG). O candidato do PSL fazia atividade de campanha no centro da cidade mineira quando foi atingido com uma facada. O suspeito já foi preso pela Polícia Militar.
O portal do grupo de mídia pública britânico BBC noticiou o fato sem destaque na página inicial. O texto dá um breve relato do ocorrido, destacando o candidato como líder nas pesquisas mas também como um "político controverso" que despertou ódio em várias pessoas no Brasil com comentários racistas e homofóbicos.
O também britânico jornal The Guardian divulgou o ataque em seu site. O veículo destacou os relatos dos familiares sobre a condição de Bolsonaro. O candidato é apresentado como responsável por polarizar opiniões no país com suas propostas de reduzir restrições ao armamento da população e seu apoio à ditadura militar (1964-1989).
O jornal estadunidense The New York Times reporta os vídeos circulando nas redes sociais mostrando o momento em que Bolsonaro recebeu a facada. O candidato é colocado como segundo colocado nas pesquisas, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva, cuja candidatura foi barrada e busca agora recurso no Supremo Tribunal Federal.
"Apesar de ser um deputado desde 1991, Bolsonaro concorre como uma pessoa de fora do sistema (outsider) pronto para subverter o poder estabelecido (establishment)", diz o jornal. O portal da emissora estadunidense CNN fez um relato sintético do episódio, a partir das informações disponibilizadas pelos filhos do político.
A agência Associated Press também noticiou o caso repassando os relatos divulgados em redes sociais pelos filhos do candidato. O candidato é apresentado no texto como popular com muitos seguidores mas também um personagem promotor da polarização política.
A emissora pública internacional alemão Deutche Welle reportou em seu site o ataque caracterizando Bolsonaro como um concorrente apoiado em uma plataforma de combate à corrupção e com grandes chances no pleito presidencial de outubro.