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Impopularidade não é motivo para impeachment, diz Cunha

Cunha avaliou que a popularidade da presidente tem sido contaminada pela atual situação econômica ruim vivida pelo Brasil, em meio a um quadro de recessão


	Eduardo Cunha: "Eu sempre disse que impeachment não pode ser tratado como recurso eleitoral, nem como recurso contra a impopularidade"
 (José Cruz/Agência Brasil)

Eduardo Cunha: "Eu sempre disse que impeachment não pode ser tratado como recurso eleitoral, nem como recurso contra a impopularidade" (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2015 às 15h43.

Brasília - A baixa popularidade da presidente Dilma Rousseff não é motivo para a abertura de um processo de impeachment, disse nesta terça-feira o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a quem cabe decidir sobre o andamento ou não de um processo de impedimento no Congresso.

Cunha falou com jornalistas na Câmara depois de pesquisa do instituto MDA, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), apontar que 70 por cento dos entrevistados consideram o governo Dilma como ruim ou péssimo. [nL1N12R1EC] "Impopularidade não é motivo de impeachment", disse Cunha.

"Eu sempre disse que impeachment não pode ser tratado como recurso eleitoral, nem como recurso contra a impopularidade. Ele tem que ser tratado dentro dos objetivos previstos na Constituição e na lei".

O presidente da Câmara avaliou que a popularidade da presidente tem sido contaminada pela atual situação econômica ruim vivida pelo Brasil, em meio a um quadro de recessão.

"A situação econômica está em uma recessão que vai se aprofundando a cada dia e você não vê perspectiva de melhora, com uma retração de investimentos, com uma retração da atividade como um todo, e isso obviamente contamina a popularidade", disse.

Cunha avaliou, ainda, que a baixa popularidade complica a situação do governo no Congresso Nacional, já que dificulta a aprovação de medidas enviadas pelo Executivo ao Legislativo, justamente em um momento que o governo envia propostas para tentar reequilibrar as contas públicas.

"A impopularidade... ela afeta é a governabilidade, ou seja, as medidas colocadas passam a não ter tanto apoio ou passam a ter mais contestação", disse Cunha, que rompeu com o governo Dilma depois de virar um dos alvos da operação Lava Jato ao ser citado por um delator como tendo recebido propina do esquema de corrupção na Petrobras.

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