Jaques Wagner e Dilma Rousseff: "Esse processo não tem fundamentação jurídica para seguir em frente", disse o ministro sobre impeachment (Wilson Dias/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 4 de janeiro de 2016 às 17h48.
São Paulo - Amargando um dos baixos índices de popularidade, com desaprovação de 65% dos brasileiros, o governo da presidente Dilma Rousseff inicia o ano com a missão de ‘enterrar’ o impeachment.
Em sua defesa, o ministro Jaques Wagner, da Casa Civil, reconheceu erros, mas frisou: "impopularidade não é crime".
No Twitter, o ministro fez um desabafo:
Eu, @dilmabr e todo o governo estamos confiantes de que o processo de impeachment não sobreviverá aos primeiros testes na Câmara.
— Jaques Wagner (@jaqueswagner) 4 janeiro 2016
Vamos obter muito mais dos que os 171 votos necessários para barrá-lo pq esse processo não tem fundamentação jurídica para seguir em frente.
— Jaques Wagner (@jaqueswagner) 4 janeiro 2016
A decisão do STF de anular as manobras do presidente da Câmara acabou com a banalização e a tentativa de uso político do impeachment.
— Jaques Wagner (@jaqueswagner) 4 janeiro 2016
Temos plena consciência de alguns erros que cometemos e das dificuldades que precisamos vencer na economia, mas impopularidade não é crime.
— Jaques Wagner (@jaqueswagner) 4 janeiro 2016
É um defeito, um problema que vamos seguir trabalhando para resolver.
— Jaques Wagner (@jaqueswagner) 4 janeiro 2016
No domingo (3), em entrevista à Folha de S.Paulo, o titular da Casa Civil voltou a afirmar que o impeachment será “enterrado”.
Segundo ele, o processo não chegará ao Senado. “Não tenho dúvida de que a gente a 250, 255 votos”, disse ao jornal. Para barrar o pedido de impedimento da petista são necessários 171 votos.
O ministro aposta que a decisão do Supremo Tribunal Federal de considerar inconstitucional a existência de uma chapa avulsa para a composição da comissão do impeachment mostra que o processo não será usado como instrumento político.
O mesmo tom usado por ele tem sido adotado pela presidente Dilma. Nas últimas declarações de fim de ano, ela reconheceu erros e reafirmou compromissos para 2016.
"Este 2015 foi um ano muito duro. Revendo minhas responsabilidades nesse ambiente de dificuldades, vejo que nossos erros e acertos devem ser tratados com humildade e perspectiva histórica”, disse em artigo publicado na Folha de S.Paulo.