Brasil

Impeachment é para barrar Lava Jato, diz defesa de Dilma

Além disso, defesa voltou a a afirmar que houve “vingança e interesse pessoal” de Cunha na decisão que abriu o processo de impedimento


	Dilma Rousseff: defesa da presidente afastada voltou a a afirmar que houve “vingança e interesse pessoal” de Cunha na decisão que abriu o processo de impedimento
 (Adriano Machado/Reuters)

Dilma Rousseff: defesa da presidente afastada voltou a a afirmar que houve “vingança e interesse pessoal” de Cunha na decisão que abriu o processo de impedimento (Adriano Machado/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2016 às 16h27.

A defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff disse hoje (27) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o processo de impeachment foi deflagrado com objetivo de “mitigar a persecução penal” de investigados na Operação Lava Jato.

A declaração consta no pedido do advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, feito ao STF para ter acesso aos depoimentos de delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

Segundo Cardozo, as declarações de Machado corroboram a tese da defesa da presidenta afastada de que houve desvio de finalidade no ato do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que deflagrou o processo de impeachment com o objetivo de “evitar a persecução penal de supostos envolvidos em esquema de recebimento de propina que estavam na mira da Operação Lava Jato”.

Além de reafirmar que houve “vingança e interesse pessoal” de Cunha na decisão que abriu o processo de impedimento, a defesa de Dilma também sustentou que o ato teve como finalidade “a satisfação de todo um grupo político”, referindo-se ao PMDB.

Os depoimentos de delação premiada de Sérgio Machado, tomados pela força-tarefa de investigadores da Lava Jato, foram tornados públicos no dia 15 de junho, após decisão do ministro Teori Zavascki. Em um dos depoimentos, Machado disse que repassou propina para mais de 20 políticos de vários partidos.

Além disso, em uma das gravações feitas por Machado, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) defende uma alteração na lei que trata da delação premiada para impedir que presos colaborem com as investigações.

Em outro áudio, Renan também conversou com o ex-senador José Sarney sobre a Lava Jato. Na ocasião, Renan afirmou que “não tomou nenhuma iniciativa” ou fez gestões para “dificultar ou obstruir” as investigações da operação Lava Jato.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffEduardo CunhaImpeachmentOperação Lava JatoPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdermar

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua