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Impeachment é "insanidade" de Cunha, diz Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou de "insanidade" a decisão de Eduardo Cunha de aceitar pedido de impeachment contra a presidente Dilma


	O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: Cunha não deveria colocar um problema pessoal acima dos interesses do país, diz Lula
 (Hugo Villalobos/AFP)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: Cunha não deveria colocar um problema pessoal acima dos interesses do país, diz Lula (Hugo Villalobos/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 19h32.

Rio de Janeiro - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou nesta quinta-feira de "insanidade" a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de aceitar pedido de abertura de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Após se reunir com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), Lula disse que Cunha não deveria colocar um problema pessoal acima dos interesses do país e afirmou que integrantes da oposição viram na decisão do presidente da Câmara a chance de realizar um "terceiro turno" da eleição presidencial do ano passado.

"O presidente da Câmara, me parece, que tomou a decisão de não se preocupar com o Brasil. Me parece que a prioridade dele é se preocupar com ele, quando esse país de 210 milhões de habitantes é mais importante que qualquer um de nós individualmente", disse Lula a jornalistas.

Cunha anunciou na quarta-feira que aceitou pedido de abertura de processo de impeachment contra Dilma, horas depois de os três deputados petistas com assento no Conselho de Ética da Câmara afirmarem que votariam pelo prosseguimento de um processo no colegiado que pede a cassação do mandato do presidente da Câmara.

O ex-presidente defendeu que a prioridade do país deve ser a aprovação de medidas econômicas no Congresso Nacional, para garantir a retomada do crescimento da economia, a geração de emprego e de esperança.

"Aqueles que quiseram fazer o terceiro turno da eleição cassando a presidenta Dilma na Justiça Eleitoral, agora acharam a possibilidade do terceiro turno numa tese de impeachment, que não tem nenhuma sustentação legal, a não ser uma demonstração de raiva, de ódio, uma coisa inexplicável", disparou.

Texto atualizado às 20h32

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