Brasil

Impeachment continuará quando STF julgar embargos, diz Cunha

Deputado admitiu que poderá vir a discutir a ideia de alguns líderes de refazer a divisão com base nas novas bancadas após a janela


	Eduardo Cunha: "Se já estiver acabado, na quinta-feira mesmo retomaremos o processo", disse o deputado
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Eduardo Cunha: "Se já estiver acabado, na quinta-feira mesmo retomaremos o processo", disse o deputado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de março de 2016 às 19h58.

Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta terça-feira, 8, que determinará a retomada da discussão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar os embargos protocolados pela Casa questionando o rito do impeachment.

De acordo com deputados da oposição que estiveram com o presidente do STF nesta terça-feira, a previsão é de que os embargos sejam julgados já na próxima semana, entre quarta-feira e quinta-feira.

"Se já estiver acabado, na quinta-feira mesmo retomaremos o processo", afirmou o presidente da Câmara.

Diante da espera do julgamento dos embargos, Cunha afirmou que, por enquanto, a tendência é que a divisão das 64 vagas da comissão especial do impeachment continue sendo feita com base nas bancadas dos partidos antes da janela para troca de partidos sem risco de cassação por infidelidade partidária.

Caso o Supremo altere o rito do impeachment estabelecido em dezembro, a ideia da oposição é manter a mesma comissão que já tinha sido eleita no fim do ano.

Caso a corte mantenha a decisão de dezembro, Cunha admite que poderá vir a discutir a ideia de alguns líderes de refazer a divisão com base nas novas bancadas após a janela.

O presidente da Câmara disse ainda que deverá analisar um dos dois pedidos de impeachment protocolado nesta semana: o apresentado pelo advogado Paulo Pegoraro Junior.

O outro, em que um cidadão acusa Dilma de ter implantado um "chip" na cabeça dele, Cunha informou já ter recusado.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffEduardo CunhaImpeachmentPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdermar

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua