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Ilhas de calor favorecem tempestades violentas em SP

A região deve continuar recebendo pancadas de chuva forte desta quinta-feira,


	Chuva castiga SP: não foi, entretanto, um fenômeno climático que fugisse das escalas
 (Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas)

Chuva castiga SP: não foi, entretanto, um fenômeno climático que fugisse das escalas (Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 11h38.

São Paulo - A capital paulista - e todo o Estado - devem continuar recebendo pancadas de chuva forte desta quinta-feira, 26, até domingo, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A força da chuva desta quarta-feira, 25, segundo o órgão, não é decorrente de nenhum fenômeno climático específico.

O que aconteceu, de acordo com o meteorologista Franco Villela, foi uma formação de chuva de verão comum, que encontrou na cidade condições para ficar mais violenta.

"É a ilha de calor que se forma em São Paulo. Com uma grande área impermeabilizada, pouca vegetação e poucos corpos aquáticos, a umidade encontra poucos locais em que ela pode ser absorvida, o que favorece as tempestades mais violentas", disse o meteorologista.

Não foi, entretanto, um fenômeno climático que fugisse das escalas.

"Nossa medição no mirante de Santana foi de 23,6 milímetros de chuva - 17 em pouco mais de uma hora. Para comparar, uma das tempestades históricas da cidade, ocorrida no começo dos anos 200 e que alagou o Pacaembu, registrou mais de 100 milímetros em uma hora", explicou Villela.

"O que acontece é que, no centro da ilha de calor, onde a temperatura é mais alta, a chuva é mais intensa ainda", concluiu, referindo-se à região da Vila Prudente, onde a chuva teve muito mais intensidade e onde fica a bacia do Rio Tamanduateí.

Nesta quinta, a nebulosidade diminui pela manhã e as temperaturas voltam a subir rapidamente ao longo dia, o que favorece as pancadas de chuva, especialmente entre o meio da tarde e a noite.

Há uma frente fria no Oceano Atlântico que tem contribuído para trazer umidade marítima à área da capital, com ajuda de zonas de baixa pressão atmosférica que permitem a aproximação das nuvens.

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