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ÀS SETE - O presidente do BC, Ilan Goldfajn, reafirmou nesta segunda-feira que o BC deve cortar os juros novamente na próxima reunião do Copom

Ilan: durante sua fala, o presidente do BC reforçou que a política monetária tem de balancear duas dimensões (Germano Luders/Exame)

Ilan: durante sua fala, o presidente do BC reforçou que a política monetária tem de balancear duas dimensões (Germano Luders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2018 às 06h59.

Última atualização em 3 de abril de 2018 às 07h11.

Cármen Lúcia e Galloro discutem segurança para julgamento

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, se reuniu na manhã desta segunda-feira 2, com o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, para tratar da segurança do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira 4, informou a Secretaria de Comunicação Social da Suprema Corte. A conversa durou cerca de 30 minutos e ocorreu no gabinete da presidência do STF. Detalhes não foram divulgados. A reunião ocorre em um momento tenso para os ministros da Corte, que sofreram hostilidades e ameaças. Na semana passada, o ministro do STF Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no STF, afirmou que sua família está recebendo ameaças e que já pediu providências à ministra Cármen Lúcia.

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Ministra pede serenidade

Às vésperas do julgamento do habeas-corpus do ex-presidente Lula no STF, a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, gravou um pronunciamento a ser veiculado na TV Justiça em que pede serenidade e prega respeito à democracia e às opiniões diferentes. Segundo o jornal O Globo, em sua fala, a ministra afirma que “vivemos tempos de intolerância e de intransigência contra pessoas e instituições”. “Por isso mesmo, este é um tempo em que se há de pedir serenidade. Serenidade para que as diferenças ideológicas não sejam fonte de desordem social. Serenidade para se romper com o quadro de violência. Violência não é justiça. Violência é vingança e incivilidade. Serenidade há de se pedir para que as pessoas possam expor suas ideias e posições, de forma legítima e pacífica”, diz um trecho do pronunciamento.

Terremoto na Bolívia e no Brasil

Um terremoto de magnitude 6,8 atingiu a Região Nordeste da Bolívia, nesta segunda-feira. Ainda não há informações sobre feridos. Moradores de São Paulo (SP) e Brasília (DF) relatam terem sentido tremores de terra nesta manhã. Alguns prédios foram evacuados nas duas localidades. Por volta das 11 horas, o prédio do Ministério Público de São Paulo, que fica na Rua Riachuelo, no centro, foi esvaziado. O Corpo de Bombeiros afirma que às 11h30 recebeu uma ocorrência de abalo sísmico na Rua Cincinato Braga, 321, no centro da cidade, e também na Rua Boa Esperança, 267, na Vila Maria, na zona norte. Em Brasília, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal relatou ao Estadão que recebeu vários pedidos de avaliação da estrutura de prédios. Os tremores foram confirmados pelo Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB). Há relatos de tremores também no Rio Grande do Sul, no Paraná e em Minas Gerais.

Focus: redução na alta do PIB para 2,84%

O mercado financeiro reduziu suas projeções para o produto interno bruto (PIB) em 2018. A expectativa de alta para o índice este ano caiu de 2,89% para 2,84% no Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira 2. Há quatro semanas, a estimativa era de um crescimento de 2,90%. Para 2019, o mercado manteve a previsão de alta do PIB de 3,00%, mesmo patamar de quatro semanas atrás. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado pelo BC na semana passada, a autoridade monetária manteve sua projeção de alta do PIB deste ano em 3,6%. No relatório Focus agora divulgado, a projeção para a produção industrial de 2018 foi de alta de 3,97% para avanço de 3,91%. Há um mês, estava em 3,90%. No caso de 2019, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 3,50%, ante 3,35% quatro semanas antes. A pesquisa também mostrou que a expectativa para a Selic ao final deste ano agora é de 6,25%, ante 6,5%. Para 2019, a projeção continua sendo de 8,0%. O Comitê de Política Monetária (Copom) cortou a taxa básica de juro em 0,25 ponto percentual e a levou à nova mínima histórica de 6,5%, indicando na ata que deve reduzir os juros básicos mais uma vez em maio antes de encerrar o ciclo de flexibilização. O cenário de inflação persistentemente fraca se mantém para os especialistas consultados, com as projeções para a alta do IPCA sendo reduzidas a 3,54% e 4,08%, respectivamente em 2018 e 2019, sobre 3,57% e 4,10%. As metas oficiais de inflação são de 4,5% este ano e 4,25% em 2019, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Juros: novo corte em maio, diz Ilan

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, reafirmou nesta segunda-feira que o BC deve cortar os juros novamente na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em maio, e que vê como adequada uma interrupção do ciclo de afrouxamento após essa investida. “O Comitê vê como apropriada uma flexibilização monetária moderada adicional (para a próxima reunião) e julga que isso mitiga o risco de postergação da convergência da inflação às metas”, disse Ilan, em evento no Rio de Janeiro. Para reuniões além da próxima, “o comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária, visando avaliar os próximos passos”, acrescentou. Durante sua fala, Ilan reforçou que a política monetária tem de balancear duas dimensões, agindo de um lado para assegurar que a inflação convirja para a meta numa velocidade adequada e, de outro, garantindo que a conquista da inflação baixa perdure, mesmo diante de choques adversos. Ilan afirmou que a inflação baixa segue em direção às metas. E avaliou novamente que o conjunto dos indicadores de atividade econômica mostra “recuperação consistente” da economia, apesar de ainda gradual. Após cortar a Selic em 0,25 ponto no mês passado, à mínima histórica de 6,50% ao ano, o BC já havia deixado claro que via espaço para nova redução em maio, fazendo o mercado apostar em peso num corte de igual magnitude no mês que vem.

Cade arquiva ação da J&F contra a Petrobras

A superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) solicitou o arquivamento de uma ação movida contra a Petrobras pela Âmbar, empresa de energia da holding J&F, que controla a JBS, de acordo com despacho no Diário Oficial da União desta segunda-feira 2. O caso, que data de 2015, esteve por trás de uma denúncia da Procuradoria-geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer no ano passado, por corrupção passiva, após executivos da JBS afirmarem em delação premiada que teriam pago propina ao ex-assessor presidencial e ex-deputado Rodrigo da Rocha Loures (MBD-RJ) para que a Âmbar fosse favorecida na disputa com a Petrobras no Cade. A Âmbar reclamou ao órgão de defesa da concorrência com a alegação de que a Petrobras praticaria conduta anticoncorrencial por ser a única fornecedora de gás proveniente da Bolívia, essencial para as atividades de sua termelétrica Mário Covas, em Cuiabá (MT). A Câmara dos Deputados decidiu arquivar a denúncia contra Temer, mas a Petrobras apelou a uma cláusula contratual sobre legislação anticorrupção para extinguir antecipadamente um contrato de fornecimento de gás à Âmbar, além de cobrar uma multa de 70 milhões de reais da empresa. Em sua análise, o Cade disse que não encontrou “indícios de infração à ordem econômica” na disputa entre a Âmbar e a Petrobras.

Morre Winnie Madikizela-Mandela

A política e ativista Winnie Madikizela-Mandela morreu, nesta segunda-feira, aos 81 anos de idade. Ex-esposa do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, a ativista era conhecida pela sua luta contra o apartheid e pela sua permanência nas lutas por igualdade racial após o fim do movimento de segregação no país. Em 1994, após as primeiras eleições democráticas sul-africanas, Winnie foi eleita deputada e nomeada vice-ministra de Arte e Cultura. Winnie continuava sendo uma figura de referência dentro do Congresso Nacional Africano (CNA), partido que governa a África do Sul desde o fim do apartheid. Winnie Mandela morreu após uma longa doença renal que levou a repetidas internações desde o início do ano passado, disse o porta-voz Victor Dlamini em comunicado. “Hoje, perdemos uma mãe, uma avó, uma amiga, uma camarada, uma líder e um ícone”, afirmou o Presidente, Cyril Ramaphosa, antes de fazer uma visita à família.

Bolívia investiga Odebrecht

O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou, nesta segunda-feira, que vai iniciar uma investigação sobre o funcionamento da empreiteira Odebrecht no país. Durante o anúncio, o líder boliviano afirmou que o Parlamento será o responsável pela investigação, mesmo sem nenhuma relação entre o governo e a empreiteira. A companhia brasileira é acusada de manter esquemas de corrupção com outras empresas e até com governos dos países onde atua. No mês passado, o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, (PPK) renunciou ao cargo após sofrer uma série de acusações de aceitar propina da construtora e de comprar votos para não ser investigado. A Odebrecht atua em mais de 11 países, na América do Sul e na África.

Egito: vitória previsível

O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, foi reeleito, segundo resultados oficiais, publicados nesta segunda-feira. Com 97% dos votos, o líder egípcio obteve 21,8 milhões de votos, e derrotou seu adversário Moussa Mostafa Moussa, que conquistou somente 656.534 votos. Sisi teve a mesma proporção de votos que o antigo presidente e ditador egípcio Hosni Mubarak, e com isso garantiu mais quatro anos de mandato. A eleição, porém, foi amplamente criticada pela comunidade internacional, que acusou Sisi de obrigar a população do país a comparecer às urnas. Lá, o voto não é obrigatório, e as eleições deste ano tiveram um comparecimento de 41%. Alguns relatos apontaram para a compra de votos do presidente egípcio, que teria pedido votos em troca de alimentos, presentes e até dinheiro. Após a divulgação do resultado, os governos da Rússia e da Arábia Saudita parabenizaram Sisi, e afirmaram que sua vitória vai garantir o combate ao terrorismo no Oriente Médio.

Israel volta atrás

O governo de Israel afirmou, nesta segunda-feira, que cancelou um plano para deportar imigrantes africanos de volta à África. Após um acordo com a agência de refugiados da ONU, o país vai enviar cerca de 16.250 refugiados a países ocidentais, e não mais aos países africanos de onde saíram. Além disso, o governo israelense afirmou que outros imigrantes poderão permanecer em Israel pelo menos pelos próximos cinco anos. Em fevereiro, Israel começou a distribuir notificações para 20.000 imigrantes, ordenando que eles deixassem o país, sob a pena de prisão, caso não aceitassem a ordem. Mas grupos de direitos humanos defendendo os imigrantes dizem que muitos deles fugiram de situações de abuso e de guerra e que sua expulsão, mesmo para outros países na África, os colocaria em mais risco.

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