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Iedi elogia redução de encargo trabalhista, mas pede outras medidas

Infraestrutura, custo de capital, tributação e câmbio fazem parte da lista de prioridades do setor industrial

Contribuição patronal ao INSS pode ser reduzida nos próximos anos (ARQUIVO/WIKIMEDIA COMMONS)

Contribuição patronal ao INSS pode ser reduzida nos próximos anos (ARQUIVO/WIKIMEDIA COMMONS)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2011 às 14h43.

São Paulo - A proposta do governo de fazer uma redução escalonada na tributação sobre a folha de pagamento é bem recebida pelo setor industrial, que há anos reivindica alívio nos encargos trabalhistas.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a presidente Dilma Rousseff quer um corte inicial de pelo menos dois pontos percentuais na alíquota de contribuição previdenciária de empresas, hoje de 20%. Nos anos seguintes, outros cortes seriam realizados até que a contribuição patronal ao INSS chegasse a 14%.

O economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rogério César de Souza, que participou nesta sexta-feira (21) do programa “Momento da Economia”, na Rádio EXAME, diz que os empresários aprovam a ideia. “Essa é uma questão antiga que mexe com a competitividade da indústria brasileira.”

O economista salienta que a desoneração da folha de pagamento tende a ampliar a formalização no mercado de trabalho, além de gerar um impacto positivo na massa de rendimentos do país.

O Iedi tem demonstrado profunda preocupação com o crescimento veloz das importações de produtos industriais. “A produção industrial caiu 1,7% de abril a novembro do ano passado e ainda não recuperou o patamar pré-crise. Isso é explicado pela concorrência forte das importações. É importante frisar que o Iedi não é contra as importações, mas houve uma avalanche de compras do exterior no ano passado”, diz Souza.

Além da redução dos encargos trabalhistas, há outros itens na pauta de revindicação dos empresários. “O foco principal é o câmbio, mas há velhas questões que afetam a competitividade da indústria, como infraestrutura, tributação e custo do capital.”

Na entrevista (para ouvi-la na íntegra, clique na imagem ao lado), o economista-chefe do Iedi avalia que a cotação do dólar deveria estar em pelo menos R$ 1,90 para incentivar as exportações e explica como a China dribla as regras de combate ao dumping.

Leia também: Velloso: 'desoneração tem que vir junto com corte nos gastos'

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