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Idosos e gestantes do Rio de Janeiro devem se imunizar

A cidade teve cinco casos de Gripe A desde março


	Médico atende idosa: até o dia 11 de maio, o Ministério da Saúde registrou 388 casos de Gripe A e 61 mortes no país.
 (GettyImages)

Médico atende idosa: até o dia 11 de maio, o Ministério da Saúde registrou 388 casos de Gripe A e 61 mortes no país. (GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2013 às 13h06.

Rio de Janeiro - O superintendente de saúde coletiva da Prefeitura de Campos dos Goytacazes, Charbel Kury, pediu hoje (31) que grávidas, idosos e mulheres que tiveram filhos recentemente não deixem de tomar a vacina contra a Gripe A, doença que teve cinco casos na cidade desde março. Em entrevista à AGÊNCIA BRASIL, o superintendente afirmou que, na última campanha de vacinação, encerrada em 17 de maio, 80% das grávidas e 90% idosos foram vacinados, mas os remanescentes são os que correm maior risco de contaminação e de agravamento da doença.

"Deixamos a vacina disponível em todos os postos mesmo depois da campanha, para quem é do grupo de risco e para quem não é. O que não queremos é óbito", disse o superintendente, que informou que crianças e profissionais de saúde, que também estão no grupo de risco, atingiram os 100% de vacinação.

Charbel afirmou que os cuidados com a doença precisam ser constantes, porque ela já se tornou uma gripe sazonal - frequente em determinada época - com cerca de cinco a dez casos registrados anualmente. Em 2009, ano da pandemia, a cidade teve 20 mortes, sendo quase metade grávidas. Ao todo, foram 250 casos confirmados.

Dos cinco casos deste ano, dois foram em gestantes, um em uma criança de 2 anos e outro em um bebê. Uma das grávidas chegou a ficar internada por três dias, mas reagiu bem após o uso do antiviral Tamiflu e recebeu alta. De acordo com o superintendente, todos passam bem. Em três deles foi confirmada laboratorialmente a Gripe A e, nos outros dois, houve diagnóstico médico e tratamento como tal. Apesar disso, não ficou comprovado que a causa foi o vírus H1N1, o que Charbel vê como uma possibilidade: "É um vírus que está circulando e vai continuar por mais dez ou 15 anos, mas não é mais pandêmico. Se tornou sazonal, tanto que foi incluído na campanha de vacinação".


O superintendente também enfatizou que é preciso estar atento aos sintomas: febre alta, cansaço e tosse. Quem faz parte do grupo risco deve procurar um médico mesmo que a temperatura alta não venha acompanhada da fadiga. A Gripe A é considerada mais perigosa que a comum por ter maior capacidade de penetração no tecido respiratório, evoluindo mais facilmente para uma pneumonia.

Além da vacina, hábitos de higiene podem prevenir a contaminação, como o uso de toalhas e copos descartáveis em locais públicos, proteger o rosto quando tossir ou respirar e lavar as mãos sempre que fizer isso. "Todo mundo fortaleceu a higiene em 2009, mas já esqueceu. São situações básicas em que o vírus da gripe fica vivo".

Até o dia 11 de maio, o Ministério da Saúde registrou 388 casos de Gripe A e 61 mortes no país. A maior parte deles, 328, foi confirmada em São Paulo, onde houve 55 óbitos. No Rio, foram três casos até essa data e nenhuma morte.

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