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ICMBio recomenda vacina da febre amarela a visitantes de parques

Atual surto da doença já fez vítimas em Minas Gerais, São Paulo, no Rio de Janeiro e no Distrito Federal

Febre amarela: na entrada dos parques, os visitantes já estão sendo orientados sobre a necessidade de vacinação (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Febre amarela: na entrada dos parques, os visitantes já estão sendo orientados sobre a necessidade de vacinação (Rovena Rosa/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 25 de janeiro de 2018 às 16h55.

Última atualização em 26 de abril de 2019 às 13h55.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela gestão de 324 unidades de conservação federais, recomenda a vacina contra a febre amarela para todos os visitantes de parques nacionais situados nas regiões afetadas. O atual surto da doença já fez vítimas em Minas Gerais, São Paulo, no Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

Na entrada dos parques, os visitantes já estão sendo orientados sobre a necessidade de vacinação e sobre os riscos da permanência nas áreas silvestres em que o vírus está circulando. Por outro lado, o ICMBio esclarece que não há nenhum registro de macacos mortos em parques nacionais.

Os primatas são hospedeiros da doença, mas não transmitem o vírus, que é passado por mosquitos. "Além disso não existe, até o momento, previsão de fechamento de unidades de conservação abertas à visitação", acrescenta o órgão.

Em balanço divulgado ontem (24), o Ministério da Saúde confirmou 130 casos de febre amarela no país desde julho de 2017. Foram registrados 53 óbitos em decorrência da doença, sendo 24 em Minas Gerais, 21 em São Paulo, sete no Rio de Janeiro e um no Distrito Federal.

No Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, o visitante é orientado logo na portaria a só entrar caso esteja imunizado.

No local, a preocupação aumentou na semana passada após quatro macacos terem sido encontrados mortos em uma área próxima à unidade.

No entanto, exames preliminares realizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontaram que os animais teriam sido vítimas de envenenamento.

Os ataques aos macacos preocupam os órgãos ambientais. O próprio Parque Nacional da Tijuca vem realizando campanhas nas redes sociais para desmitificar a ideia de que, sacrificando os animais, pode-se evitar a doença em humanos.

Os macacos não transmitem a febre amarela e são aliados que ajudam a mapear a presença do vírus. O Linha Verde, serviço do Disque Denúncia do Rio de Janeiro para crimes ambientais, também lançou uma campanha contra maus-tratos a macacos.

Segundo especialistas, a infecção da febre amarela em macacos dura entre três e cinco dias e, após esse período, os animais morrem ou se tornam imunes. Dessa forma, as agressões atingem geralmente macacos sadios que não tiveram contato com o vírus ou que já estão imunizados.

Febre amarela

Causada por um vírus da família Flaviviridae, a febre amarela é uma doença de surtos que atinge grupos de macacos e humanos.

Em áreas rurais e silvestres, ela é transmitida pelo mosquito Haemagogus. Em área urbana, pode ser transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo da dengue, zika e chikungunya.

No entanto, não há registros no Brasil de transmissão da febre amarela em meios urbanos desde 1942. A vacina, disponibilizada gratuitamente à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é o principal meio de combate à doença.

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