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Ibope diz que 68% dos paulistanos já sofreram falta d'água

A pesquisa também mostra que 42% das pessoas creditam a crise hídrica à "falta de planejamento do governo estadual"


	Cantareira: 82% das pessoas entrevistadas acreditam que "o risco da água acabar é grande"
 (Nelson Almeida/AFP)

Cantareira: 82% das pessoas entrevistadas acreditam que "o risco da água acabar é grande" (Nelson Almeida/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 14h12.

São Paulo - Uma pesquisa do Ibope feita no fim de 2014 e divulgada nesta quinta-feira, 22, revela que 68% dos paulistanos sofreram -- ou alguém da sua família sofreu -- problemas no abastecimento de água nos últimos 30 dias.

O material também mostra que 42% das pessoas creditam a crise hídrica à "falta de planejamento do governo estadual".

Para outros 29%, o problema se deve à ausência de chuvas. Já 3% creem em anomalias climáticas derivadas do desmatamento da Amazônia.

O estudo, denominado Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município (Irbem), foi encomendado pela Rede Nossa São Paulo e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).

Ao todo, foram avaliados 25 temas, como saúde, educação, habitação, trabalho, lazer, sexualidade e consumo.

Ainda sobre a crise hídrica, 82% das pessoas entrevistadas acreditam que "o risco da água acabar é grande".

Um total de 61% dos ouvidos avaliam que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) "é a principal responsável pelo abastecimento de água".

Para o levantamento, foram ouvidas, entre 24 de novembro e 8 de dezembro do ano passado, 1.512 pessoas que moram em São Paulo e que têm 16 anos ou mais. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Outros resultados revelam que 63% dos entrevistados afirmaram ter serviço de coleta seletiva onde moram, ante 78% no ano anterior.

Já 68% disseram usar ônibus como meio de transporte todos os dias na capital paulista -- o tempo de espera dos coletivos nos pontos ficou em 20 minutos, cinco a menos do que o levantamento de 2013.

Metade dos paulistanos entrevistados revelou que ficou estável a qualidade de vida no município. Para 37%, ela melhorou, tenha sido "um pouco" ou "muito". Ainda assim, 57% das pessoas afirmaram que mudariam de cidade se pudessem.

Com relação à segurança, 10% julgam São Paulo um município "muito seguro" ou "seguro" para viver. No caso da saúde, o tempo de espera para consultas na rede pública baixou pouco, de 60 dias em 2013 para 56 no ano passado.

Quando a questão são exames, a queda foi mínima, de 79 para 78 dias. No sistema privado de saúde, o tempo de espera cresceu de uma semana para 13 dias, em casos de consultas, e de 19 para 42 dias para procedimentos mais complexos.

Imagem

Instituições que funcionam na cidade também tiveram a sua imagem avaliada. Nesse sentido, 55% dos paulistanos consideram a Câmara Municipal como "ruim" ou "péssima".

Por sua vez, o Corpo de Bombeiros, os Correios e o Metrô lideraram o ranking de maior confiança da população, nessa ordem. A Sabesp, que em 2013 tinha a confiança de 82% dos entrevistados agora tem 62%.

A gestão da Prefeitura atual, de Fernando Haddad (PT), é avaliada como "ruim" ou "péssima" por 40% dos ouvidos, um ponto porcentual a mais do que no ano anterior. Já 15% a consideram "ótima" ou "boa", mais do que os 11% do último levantamento.

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