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IBGE: preços de Educação puxam inflação pelo IPCA

Aumento foi motivado pelo crescimento de 6,41% nas mensalidades dos cursos de ensino formal

No mês passado o ensino foi responsável por 51% do IPCA (Kiko Ferrite/Exame)

No mês passado o ensino foi responsável por 51% do IPCA (Kiko Ferrite/Exame)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2011 às 10h28.

São Paulo - Os preços ligados à Educação foram os que mais contribuíram para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em fevereiro, de 0,80%. Segundo informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo Educação registrou alta de preços de 5,81% no mês passado e foi responsável por 51% do IPCA.

O aumento nas despesas com Educação foi motivado pelo crescimento de 6,41% nas mensalidades dos cursos de ensino formal, sendo a maior contribuição individual do mês. Os grupos Despesas Pessoais (inflação de 1,43%), Comunicação (0,49%) e Artigos de Residência (0,44%) também subiram em relação a fevereiro. Os grupos restantes apresentaram desaceleração ou queda de preços em fevereiro. Este foi o caso o grupo Vestuário, que apresentou deflação de 0,25% no mês passado.

Alimentos e transportes

O grupo Alimentos e Bebidas e o de Transportes, que foram os principais vilões da inflação medida pelo IPCA em janeiro, apresentaram uma forte desaceleração em fevereiro, segundo os dados divulgados pelo IBGE. Os gastos com alimentos e bebidas passaram de uma alta de 1,26% para um aumento de 0,23% no período. Essa desaceleração foi puxada pela queda nos itens carnes e feijões.

"No caso das carnes, o consumidor deu uma brecada no consumo e o preço acabou despencando", explicou a coordenadora índice de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos. Mas, segundo ela, ainda é cedo para se prever se essa desaceleração vai se manter nos próximos meses. O grupo Alimentos respondeu por 33% da inflação de 0,83% medida pelo IPCA em janeiro. Em fevereiro, a participação dos alimentos caiu para 6%.

Já as despesas com transportes se desaceleram em função do grupo ter sofrido menor impacto de reajuste de tarifas de ônibus urbano. Os transportes responderam por 35% da inflação medida pelo IPCA em janeiro, mas a participação do item recuou para 11% em fevereiro.

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