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IBGE não vê ruptura em tendência de alta do varejo

Instituto acredita que ainda há fôlego para maiores crescimentos no comércio varejista

Comércio varejista soma um crescimento de 9,7% no período de 12 meses encerrado em julho (Lia Lubambo//Exame)

Comércio varejista soma um crescimento de 9,7% no período de 12 meses encerrado em julho (Lia Lubambo//Exame)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

Rio de Janeiro - A perda de dinamismo nas vendas do comércio varejista, que cresceram 0,4% em julho ante o mês anterior, não assinala qualquer reversão na trajetória de alta consistente do setor, observou hoje o técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Nilo Lopes. Em julho, as vendas haviam crescido 1,0% e, em maio, 1,5%, também em relação aos meses anteriores.

"Os dados em 12 meses, que ilustram melhor a tendência de longo prazo, mostram que ainda há fôlego de crescimento no comércio, não há desaceleração, mesmo com a perda de ritmo dos aumentos na margem (em relação a meses anteriores)", afirmou. Nos 12 meses encerrados em julho, o varejo acumula expansão de 9,7%, ante taxas acumuladas de 9,3% no mesmo período até junho e de 8,8% até maio.

Já o índice de média móvel trimestral, considerado o principal indicador de tendência, também mostrou aceleração no resultado de julho (alta de 0,94%) em relação a junho (baixa de 0,24%) e maio (aumento de 0,15%).

Segundo Lopes, o comércio varejista prossegue beneficiado por fatores como aumento da renda, expansão do crédito e, sobretudo, continuidade na elevação da massa salarial, impulsionada pelo emprego. "O nível de ocupação é muito importante para o comércio, mais do que a variação do rendimento", afirmou.

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