Brasil

IBGE: inflação pelo IPCA fecha 2010 em 5,91%

Inflação de dezembro do IPCA ficou em 0,63%,

Inflação medida pelo IPCA subiu mais de 4,5% (Germano Luders/EXAME)

Inflação medida pelo IPCA subiu mais de 4,5% (Germano Luders/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2011 às 09h18.

Rio de Janeiro - A inflação de dezembro pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,63%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável por esse levantamento de preços. Em novembro, a inflação pelo IPCA havia sido de 0,83%. Com o resultado, o IPCA fechou o ano de 2010 acumulando inflação de 5,91%, ante a taxa de 4,31% registrada em 2009.

O índice engloba a variação de preços para famílias com rendimentos mensais de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas principais áreas urbanas do País. O IPCA também é o índice oficial utilizado pelo Banco Central para cumprir o regime de metas de inflação, determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O centro da meta de inflação para 2010 era de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que apura a inflação para famílias com rendimento mensal de 1 a 6 salários mínimos, foi de 0,60% em dezembro, ante 1,03% em novembro. Em 2010, o INPC acumulou alta de 6,47%, ante os 4,11% de 2009. O INPC é utilizado em geral para os reajustes salariais.

Maior desde 2004

O IPCA de 2010 foi o maior desde 2004, quando o indicador havia subido 7,6%. A informação foi divulgada hoje pelo IBGE. De acordo com o instituto, 40% do total do IPCA do ano passado surgiram da inflação dos alimentos, que apresentaram alta de preços de 10,39% em 2010, após avançarem 3,18% em 2009. Isso significou uma contribuição de 2,34 pontos porcentuais dos alimentos no IPCA de 2010.

Entre os destaques de elevação, o IBGE citou o comportamento de preços do feijão, que subiu 51,49% em 2010. No entanto, a maior contribuição individual no IPCA de 2010 partiu das carnes, que subiram 29,64% no ano passado e representaram 0,64 ponto porcentual do resultado total do indicador no período. Com os preços dos alimentos em alta, houve aumento de 10,62% nos preços de refeições fora de casa, que foram a segunda maior contribuição individual para o IPCA do ano passado (0,46 ponto porcentual).

Já os produtos não alimentícios subiram 4,61% em 2010, pouco abaixo da taxa de 4,65% de 2009. O item empregados domésticos mostrou alta de 11,82% em 2010, a principal contribuição entre os não alimentícios e a terceira contribuição individual no IPCA como um todo (0,40 ponto porcentual).

Alimentos

A perda de força da inflação no grupo alimentação e bebidas, que passou de 2,22% para 1,32% entre novembro e dezembro do ano passado, foi a principal causa para a desaceleração do IPCA no mesmo período, informou o IBGE. Produtos que haviam impactado o IPCA em novembro com altas expressivas tiveram resultados mais moderados no mês seguinte.

No caso das carnes, a alta nos preços passou de 10,67% em novembro para 2,25% em dezembro. O item refeição em restaurante foi a principal contribuição ao IPCA do mês passado. Os valores das refeições fora de casa subiram 1,98% em dezembro, ante alta de 1,40% em novembro, contribuindo com 0,09 ponto porcentual na formação do IPCA do último mês de 2010. No entanto, mesmo em menor ritmo de crescimento, o grupo alimentação e bebidas teve 0 31 ponto porcentual de contribuição, o que correspondeu a 49% do IPCA de dezembro.

Construção civil

A inflação na construção civil, medida pelo Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em convênio com a Caixa Econômica Federal, foi de 0,26% em dezembro de 2010, após taxa de 0,69% em novembro. Com o resultado, o índice fechou 2010 registrando inflação de 7,36% na construção civil, acima da taxa de 2009, quando havia acumulado 5,85%.

O custo nacional da construção por metro quadrado passou de R$ 767,03 em novembro para R$ 769,06 em dezembro. Do total do custo nacional, R$ 434,25 foram relativos às despesas com materiais e R$ 334,81 estavam ligados aos custos com mão de obra.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCrescimento econômicoDados de BrasilDesenvolvimento econômicoInflação

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas