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IBGE: domicílio alugado cresce mais que casa própria

Dos 58,3 milhões de domicílios pesquisados no país, 73,6% representam casa própria

Condomínio da construtora Rossi em Manaus: aumento do número de casas próprias foi menor do que o de casas alugadas (Divulgação/Rossi)

Condomínio da construtora Rossi em Manaus: aumento do número de casas próprias foi menor do que o de casas alugadas (Divulgação/Rossi)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

Rio de Janeiro - Embora a casa própria seja maioria no total de domicílios no País, o ritmo de crescimento no número de casas ou apartamentos alugados foi mais forte que o avanço de domicílios próprios de 2008 para 2009, segundo informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou sua Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).

Em um universo estimado de 58,5 milhões de unidades domiciliares, foram registrados 43,136 milhões de domicílios próprios em 2009, o que representa cerca de 73,6% do total.

O número de domicílios próprios representa um acréscimo de apenas 0,6% em relação ao apurado em 2008. No caso dos domicílios alugados, o número chegou a 9,952 milhões no ano passado, o que representa cerca de 17% do total e 4,3% a mais que o registrado em 2008. Entre as localidades pesquisadas pelo IBGE, a Região Norte foi a que apresentou maior proporção de casas próprias em 2009, com 78,7% do total de domicílios naquela localidade. Em seguida aparecem o Nordeste (76,2% do total), o Sul (76,1%), o Sudeste (71,8%) e o Centro-Oeste (65,4%).

Já em casas ou apartamentos alugados, a Região Centro-Oeste apresentou em 2009 a maior participação, com 21,4% do total. Na sequência aparecem o Sudeste (19,1%), o Sul (15,4%) e o Nordeste (14,3%). O instituto informou ainda que, em 2009, é possível notar uma redução na parcela de domicílios com cinco moradores ou mais. O porcentual de domicílios que se encaixavam na faixa com cinco moradores, no total de unidades, recuou de 10,8% para 10,6% de 2008 para 2009.

Acesso a bens

O acesso das famílias brasileiras a bens duráveis, como automóveis, geladeiras e lavadoras, cresceu de 2008 a 2009. De acordo com o IBGE, em um universo estimado em 58,5 milhões de domicílios, a fatia de residências que possuem carro aumentou de 36,4% para 37,4% de 2008 para 2009, totalizando 21,9 milhões de domicílios. Já a fatia de residências com motocicletas cresceu de forma mais intensa, de 14,7% para 16,2% no período, para 9,4 milhões de unidades domiciliares.


 

No caso de geladeiras, o porcentual de domicílios com este produto subiu de 92,1% para 93,4% de 2008 para 2009, totalizando 54,7 milhões de residências. As máquinas de lavar roupa em 2009 também mostraram avanço nos lares brasileiros. A fatia de domicílios com este produto saltou de 41,5% para 44,3% no mesmo período, somando 25,9 milhões.

A pesquisa também mostrou um aumento na participação de moradias com televisão, de 95,1% para 95,7% no período, para 56 milhões de residências. Desde 2008, o IBGE investiga o avanço dos DVDs nas residências brasileiras. A PNAD mostrou que, de 2008 para 2009, o porcentual de lares com este aparelho subiu de 69,4% para 72%, totalizando 42,1 milhões de moradias.

Trabalhadores domésticos

De acordo com a PNAD, o número de trabalhadores domésticos no País subiu 9% de 2008 para 2009, somando 7,2 milhões no ano passado. Os trabalhadores domésticos englobam todo o contingente que prestava algum tipo de serviço doméstico remunerado, como empregadas domésticas, diaristas, jardineiros e motoristas.

O levantamento do IBGE mostrou ainda que houve um crescimento de 12,4% no número de trabalhadores domésticos com carteira assinada de 2008 para 2009. Ao se observar um período mais longo, de 2004 a 2009, o número de trabalhadores domésticos cresceu 11,9%, sendo que o total com carteira assinada subiu 20% no mesmo período. A pesquisa também informou que, do total de 39,5 milhões de mulheres com emprego em 2009, 17% eram domésticas.

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