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Ibaneis endossa Bolsonaro e diz que apoio de Tebet a Lula é decisão isolada

"Ela nunca chegou a me ligar, nem durante o período da eleição. A Simone, como candidata representante do MDB, não teve diálogo com os governadores, afirmou Ibaneis

Ibaneis: "Nós temos uma bancada muito forte que foi eleita agora, o MDB aumentou na Câmara dos Deputados" (José Cruz/Agência Brasil)

Ibaneis: "Nós temos uma bancada muito forte que foi eleita agora, o MDB aumentou na Câmara dos Deputados" (José Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de outubro de 2022 às 11h28.

Última atualização em 5 de outubro de 2022 às 11h31.

O governador reeleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), oficializou nesta quarta-feira, 5, o apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto. Ao lado do chefe do Executivo, o emedebista disse que a candidata derrotada do partido à Presidência, Simone Tebet, tomará uma "decisão isolada" se apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ibaneis confirmou que a ideia do MDB é liberar seus membros para endossar a candidatura que quiserem na segunda etapa da disputa.

"Ela nunca chegou a me ligar, nem durante o período da eleição. A Simone, como candidata representante do MDB, não teve diálogo com os governadores. E, agora, neste momento, ela vai tomar uma decisão, mais uma vez, isolada de seguir essa linha se ela for apoiar o presidente Lula", disse Ibaneis, no Palácio da Alvorada. "Nós temos uma bancada muito forte que foi eleita agora, o MDB aumentou na Câmara dos Deputados, e essa bancada vem exatamente das pessoas que votaram com o presidente Bolsonaro", emendou.

Bolsonaro agradeceu o apoio do governador do DF, chamou Ibaneis de "amigo", afirmou que as discordâncias sobre a pandemia são "coisa do passado" e disse que haverá, em um eventual segundo mandato, "harmonia completa" entre Executivo e Legislativo.

Ibaneis, por sua vez, defendeu a atuação de Bolsonaro na crise sanitária "Quero deixar bem claro, não faltou recursos da União, do governo federal para que a gente fizesse todo um trabalho de combate à pandemia, hospitais de campanha, compra de vacinas, compras de medicamentos", afirmou. "A gente não tem do que reclamar. O governador que abrir a boca para falar do governo federal no que diz respeito à atuação na pandemia simplesmente não está falando a verdade."

Nesta terça-feira, 4, Bolsonaro recebeu o apoio do governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), do governador reeleito do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), que ficou fora do segundo turno no Estado, que será disputado entre o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o ex-prefeito Fernando Haddad (PT).

Bolsonaro também pressiona ACM Neto (União Brasil) a endossar sua candidatura à reeleição no segundo turno da disputa pelo Planalto contra Lula. Aliados do ex-prefeito de Salvador dizem, no entanto, que ele deve manter a posição de neutralidade. Ele disputa o governo da Bahia, quarto maior colégio eleitoral do País, depois de SP, MG e RJ, contra Jerônimo Rodrigues (PT).

O Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou que, em reunião nesta segunda-feira, 3, com a bancada de deputados federais do União Brasil na Bahia, ACM Neto teria decidido manter a estratégia adotada no primeiro turno, quando não declarou apoio a nenhum dos candidatos à Presidência. A avaliação da campanha é de que o ex-prefeito recebeu votos do eleitorado tanto de Lula quanto de Bolsonaro e qualquer posicionamento em direção a um dos dois poderia gerar perda do que foi conquistado na primeira etapa da disputa.

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