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Ibama e PF prendem "maior desmatador da Amazônia"

Apenas o núcleo familiar do grileiro responde por quase R$ 47 milhões em multas junto ao Ibama

Ezequiel Antônio Castanha, o maior grileiro do Pará, foi preso pelo Ibama no último sábado (21), em Novo Progresso (Divulgação Ibama)

Ezequiel Antônio Castanha, o maior grileiro do Pará, foi preso pelo Ibama no último sábado (21), em Novo Progresso (Divulgação Ibama)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 17h49.

São Paulo -  O Ibama e a Polícia Federal Ambiental do Pará prenderam, no último sábado (21), o grileiro Ezequiel Antônio Castanha, considerado o maior desmatador da Amazônia.

A prisão preventiva foi decretada pela Justiça Federal de Itaituba, no Pará, por ação movida pelo Ministério Público.

O grileiro será julgado pela Justiça Federal e poderá receber pena de mais de 46 anos de prisão pelos diversos crimes cometidos, tais como desmatamento ilegal, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, uso de documentos falsos, além de outros.

Segundo o Ibama, o suspeito atuava na BR 163, que liga o Rio Grande do Sul, a Santarém, no Pará. Com sua quadrilha, ele invadia terras da União, promovendo o desmatamento e comercializando ilegalmente as terras furtadas.

Conforme nota da autorquia, apenas o núcleo familiar do grileiro responde por quase R$ 47 milhões em multas junto ao Ibama, sem contar com os autos de infração em nome dos demais membros da quadrilha.

A prisão de Castanha, diz o Ibama, coroa com êxito a Operação Castanheira, que desarticulou a maior quadrilha de grileiros que operava na região, respondendo por 20% de todo o desmatamento da Amazônia.

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