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Humberto Costa se livra de ser investigado por mensalão

O procurador-geral da República decidiu não pedir que um inquérito contra o senador seja aberto no Supremo


	O senador Humberto Costa foi acusado por Marcos Valério de receber dinheiro do mensalão para bancar sua campanha de candidatura ao governo de Pernambuco
 (Antonio Cruz/Abr)

O senador Humberto Costa foi acusado por Marcos Valério de receber dinheiro do mensalão para bancar sua campanha de candidatura ao governo de Pernambuco (Antonio Cruz/Abr)

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Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2013 às 19h36.

Brasília - O senador Humberto Costa (PT-PE) livrou-se do risco de ser investigado por suspeita de envolvimento com o esquema do mensalão. "Não há autoridade com prerrogativa de foro", afirmou o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ao anunciar nesta sexta-feira que remeteria para a Procuradoria da República que atua na 1ª. Instância paulista o depoimento no qual Marcos Valério Fernandes de Souza fez novas revelações sobre o caso.

Além de ter dito que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha conhecimento da existência do mensalão, Marcos Valério afirmou que Humberto Costa recebeu R$ 512 mil do esquema para bancar a sua candidatura ao governo de Pernambuco em 2002.

Humberto Costa é senador e tem direito à prerrogativa de foro, mais conhecida como foro privilegiado. Ou seja, ele somente poderia ser investigado e processado perante o STF. Se Gurgel suspeitasse de algo contra o congressista, teria pedido a abertura de um inquérito no Supremo contra ele. Em viagem ao exterior, Costa não foi localizado pela reportagem.

A decisão do procurador-geral de não apurar as suspeitas lançadas por Marcos Valério contra Humberto Costa provocou alívio no governo. Se o senador virasse alvo, a avaliação no Planalto era de que havia a possibilidade de a eventual investigação contra Lula ser transferida para o STF, tribunal que em dezembro condenou 25 réus do processo do mensalão.

No Planalto, havia o temor específico de que uma investigação contra o senador no STF poderia se tornar uma espécie de "mensalão 2", caso ficasse a cargo do ministro Joaquim Barbosa, relator do processo original.

A percepção entre auxiliares da presidente Dilma Rousseff e petistas é que, fortalecido pela condução do julgamento do mensalão e agora investido no cargo de presidente da Corte, Barbosa poderia ir fundo nas investigações contra Lula, com repercussões políticas graves no PT e no atual governo.

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