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Humberto Costa admite contatos institucionais com PRC

Porém, o líder do PT no Senado voltou a negar as acusações feitas a ele por Paulo Roberto Costa


	Senador Humberto Costa: "líderes políticos e empresariais participaram fortemente desse processo e mantiveram com o senhor Paulo Roberto muitos contatos"
 (Waldemir Barreto/Agência Senado)

Senador Humberto Costa: "líderes políticos e empresariais participaram fortemente desse processo e mantiveram com o senhor Paulo Roberto muitos contatos" (Waldemir Barreto/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2014 às 12h20.

São Paulo - O líder do PT no Senado, Humberto Costa, voltou a negar nesta segunda-feira, 24, as acusações feitas a ele por Paulo Roberto Costa, mas admitiu que teve com o ex-diretor da Petrobras "contatos institucionais".

O senador disse que ele e outros políticos de Pernambuco mantinham contato com o ex-diretor por causa das obras da Petrobras no Estado, como a refinaria de Abreu e Lima.

"Líderes políticos e empresariais participaram fortemente desse processo e mantiveram com o senhor Paulo Roberto muitos contatos. No meu caso, contatos institucionais", disse em entrevista à Rádio Estadão.

Em depoimento que faz parte de sua delação premiada, Paulo Roberto Costa afirmou que o esquema de propinas e corrupção na Petrobras repassou R$ 1 milhão à campanha de Humberto Costa para o Senado em 2010.

O petista integra uma extensa lista de políticos acusados pelo ex-diretor da Petrobras na delação, por meio da qual espera ter sua pena reduzida.

Humberto Costa classificou as acusações de Paulo Roberto de "inconsistentes" e questionou o fato de o ex-diretor dizer que a doação de R$ 1 milhão para a campanha era uma exigência do PP, partido de Paulo Maluf.

"Não acredito que sobrasse dinheiro ao PP", diz, ressaltando não ver motivos para que um partido financiasse a candidatura de um político de outra legenda.

"Dinheiro não nasce de geração espontânea. Ele (Paulo Roberto) não diz quem fez e como foi feita a contribuição", afirma.

Outro ponto questionado pelo petista foi a fala de Paulo Roberto, de que poderia perder o emprego caso não repassasse o dinheiro.

O pernambucano lembrou que não tinha cargo na época. "Que poder eu teria de demitir um diretor da Petrobras?"

O senador colocou seus sigilos telefônico, fiscal e bancário à disposição e disse que pretende colaborar com as investigações. ]

"Todas as doações foram feitas de forma legal e transparente. Fiz todas as declarações na prestação de contas que foram aprovadas e são públicas", reiterou.

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