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Hoteleiros espanhóis veem Brasil com potencial crescente

O número de estabelecimentos geridos por empresas espanholas na América Latina, que já chega a 700, deve aumentar


	Hotéis: além de Brasil, Chile e Colômbia, outros países com grande potencial são Uruguai e Peru
 (Ana Paula Hirama/Creative Commons)

Hotéis: além de Brasil, Chile e Colômbia, outros países com grande potencial são Uruguai e Peru (Ana Paula Hirama/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2013 às 12h51.

Madri - As redes hoteleiras espanholas, que gozam de uma presença destacada na América Latina há anos, veem o Brasil, Chile e Colômbia como os países de maiores potenciais para crescer na região, onde o número de estabelecimentos geridos por empresas espanholas já chega a 700.

"Há praticamente 25 anos, não havia nenhum hotel espanhol fora de nossas fronteiras. Neste momento, há mais de 1.500, sobretudo na América Latina", destacou nesta terça-feira à Agência Efe o presidente da Confederação Espanhola de Hotéis (Cehat), Juan Molas, após participar da XVI Conferência Ibero-Americana de Ministros e Empresários de Turismo (CIMET).

Esse número representa cerca de 10% dos aproximadamente 15 mil alojamentos turísticos existentes na Espanha.

O presidente da patronal hoteleira, homenageado como "Prócer" do Turismo Espanhol na região Ibero-Americana, ressaltou as "muitas" possibilidades para investir que essa região oferece, tanto pelo desenvolvimento como pelos laços comuns de idioma e cultura.

Além de Brasil, Chile e Colômbia, outros países com grande potencial são, em sua opinião, Uruguai e Peru.

Por sua vez, os responsáveis de Turismo dos seis países latino-americanos que participaram da Conferência - Costa Rica, Cuba, El Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua - ressaltaram os benefícios e as garantias que suas nações oferecem ao investimento espanhol.


Neste sentido, a vice-ministra de Turismo de Cuba, Xiomara Martínez, afirmou que o "maior potencial de seu país", onde estão presentes dez de redes hoteleiras espanholas, é a "segurança, não somente jurídica", de uma nação "transparente para as negociações".

O ministro de Turismo da Costa Rica, Allan Flores, destacou, entre as vantagens de seu país para o investimento, a estabilidade política e os incentivos fiscais, enquanto a vice-ministra de Turismo da Guatemala, Maruja Acevedo, afirmou que seu Governo está comprometido com a promoção do investimento estrangeiro.

O ministro da Indústria, Energia e Turismo, José Manuel Soria, que inaugurou a Conferência, destacou a vontade de seu Governo de potencializar as relações com os países ibero-americanos, "sobre a base do fortalecimento de setor turístico espanhol dentro e fora de nossas fronteiras".

Além disso, defendeu a colaboração entre os setores público e privado como chave para impulsionar o crescimento e gerar empregos, tanto na Espanha como em toda a comunidade ibero-americana.

"Trabalhando todos juntos, Governos, instituições e empresas, para conseguir aprofundar o desenvolvimento de nossos respectivos setores turísticos como uma peça chave para o desenvolvimento, para impulsionar o crescimento e para gerar emprego na Espanha e em toda a comunidade ibero-americana", disse.

O objetivo desta XVI Conferência é que ministros e responsáveis de Turismo e empresários do setor de região ibero-americana analisem questões-chave sobre a exportação de "know-how" (saber fazer) espanhol de gestão hoteleira aos destinos ibero-americanos.

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