Paciente com covid em UTI de hospital: Einstein bateu recorde de internações (PATRICT. FALLON / Colaborador/Getty Images for National Geographic Magazine)
Carla Aranha
Publicado em 13 de janeiro de 2021 às 14h56.
Última atualização em 13 de janeiro de 2021 às 21h43.
Com 141 pacientes internados com o coronavírus, quase 30% mais do que durante todo o mês de dezembro, o Albert Einstein bateu nesta quarta-feira, dia 13, o recorde de hospitalizações pela covid desde o início da pandemia. O maior número de internações pelo coronavírus havia ocorrido em abril do ano passado, quando o Einstein registrou 138 pacientes com a covid. "Agora temos o pior quadro desde o pico da pandemia, em abril", diz Sidney Klajner, presidente do Eistein.
O pior: a situação vai se agravar, afirma Klajner. "Agora as pessoas que foram passar o final do ano fora da capital estão começando a voltar", diz. "Muitas participaram de festas e aglomerações e vão trazer o vírus para São Paulo, infectando aqueles que ficaram aqui se protegendo", avalia.
No final de dezembro, companhias aéreas e hotéis reportaram um aumento na procura. Na Gol, foi registrada uma alta de 33% na demanda em relação a novembro. No Ano-Novo, a taxa de ocupação dos hotéis em locais turísticos do estado de São Paulo ficou em 60%, o dobro da média do ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (Abih-SP).
"Infelizmente, estamos prevendo a chegada de mais pacientes infectados pela covid nos próximos dias e semanas", diz Klajner. Hoje, a taxa de ocupação total do hospital é de 90%. "Temos expertise em adaptar nossa estrutura para disponibilizar mais leitos de UTI caso seja necessário", afirma.
A prefeitura de São Paulo prevê uma alta considerável no número de casos por volta do dia 20. “A situação já está bem grave e na próxima semana deveremos assistir a um aumento ainda maior de pacientes internados com a covid”, disse Edson Aparecido, secretário municipal de Saúde de São Paulo, em entrevista à EXAME.