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Hospitais de campanha do Rio têm só 20% das vagas abertas para pacientes

Das 12 unidades previstas no estado, três entraram em funcionamento; a quarta será inaugurada nesta segunda-feira pela iniciativa privada na Barra

Até o domingo, o estado do Rio tinha registrado 17.062 infectados pelo coronavírus, com 1.714 mortos (Mauricio Bazilio/Getty Images)

Até o domingo, o estado do Rio tinha registrado 17.062 infectados pelo coronavírus, com 1.714 mortos (Mauricio Bazilio/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 11 de maio de 2020 às 08h18.

Última atualização em 11 de maio de 2020 às 17h56.

Com mais de mil pacientes na fila por um leito, o Estado do Rio só conseguiu abrir até agora 20% das vagas previstas nos 12 hospitais de campanha planejados para enfrentar a pandemia de coronavírus. Das unidades anunciadas, três foram abertas. A quarta, no Parque dos Atletas, na Barra, começa a funcionar nesta segunda-feira. O espaço, financiado pela iniciativa privada, tem capacidade para 200 doentes, mas vai começar com a oferta de 80 vagas. Até o domingo, o estado já tinha registrado 17.062 infectados pelo coronavírus, com 1.714 mortos.

Em todos os hospitais de campanha, serão 2.700 vagas, sendo 1.020 em Unidades de Tratamento Intensivo. Com a inauguração desta segunda-feira, o total chega a 550 leitos abertos, sendo 200 com respiradores. Os custos do hospital do Parque dos Atletas estão orçados em R$ 50 milhões e serão bancados por Movimento União Rio, Rede D’Or, Stone Pagamentos, Mubadala, Qualicorp, SulAmérica Seguros, Vale e Banco BV.

A iniciativa privada também financiou a unidade da Lagoa-Barra, que deve atingir sua capacidade plena de 200 leitos hoje. A Rede D’Or injetou R$ 25 milhões no projeto, e Bradesco Seguros, Lojas Americanas, Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) e Banco Safra contribuíram com R$ 5 milhões cada. Mesmo sem recursos públicos, as duas unidades só recebem pacientes escolhidos pela central de regulação do estado.

No sábado, a juíza Angelica dos Santos Costa deu até dez dias para a prefeitura, o estado e a empresa pública RioSaúde abrirem todos os leitos dos hospitais de campanha do Riocentro e do Maracanã, sob pena de multa diária de R$ 10 mil para cada réu. Na decisão, também determinou que o prefeito Marcelo Crivella e o governador Wilson Witzel liberem todos os leitos “livres ociosos” e “bloqueados/impedidos” existentes nas redes em 48 horas.

O primeiro hospital de campanha a abrir foi o do Riocentro, administrado pela prefeitura, que, na sexta-feira, tinha cem dos 500 leitos abertos. Já o estado inaugurou uma instalação provisória no sábado ao lado do estádio do Maracanã, com 170 vagas disponíveis, 50 delas em UTIs. A previsão é abrir mais 230 esta semana.

Unidades estão sendo montadas em São Gonçalo (200 leitos), Duque de Caxias (200), Campos dos Goytacazes (cem), Casimiro de Abreu (cem), Nova Iguaçu (cem) e Nova Friburgo, que terá 200 vagas em uma unidade de campanha e outras 300 numa estrutura modular. O estado diz que elas serão abertas este mês.

A Secretaria estadual de Saúde informou que abriu 969 novos leitos para Covid-19 em hospitais de campanha e unidades de sua rede. A prefeitura pretende liberar mais cem leitos esta semana no Riocentro, mas vem tendo dificuldade para receber os respiradores que comprou da China.<!--

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