Polícia Civil: Rogério de Camargo Nader sugere tratamento mental ou prisão preventiva (Polícia Civil/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 2 de setembro de 2017 às 17h53.
São Paulo - O delegado Rogério de Camargo Nader, da Polícia Civil, requereu a instauração de incidente de insanidade mental neste sábado, 2, no boletim de ocorrência que registrou a nova prisão do ajudante de serviços gerais Diego Ferreira de Novais, de 27 anos. Diego havia sido preso após ejacular em uma mulher num ônibus em São Paulo, na terça-feira, 29, e solto no dia seguinte.
"Esta autoridade policial, com fulcro nos artigos 149 e seguintes do Código de Processo Penal, vem à digna presença de Vossa Excelência requerer a instauração do incidente de insanidade mental do indiciado, haja vista que as reiterados delitos sexuais praticados pelo mesmo dão conta de razoável dúvida sobre a sua higidez mental, demonstrado, inclusive, com cópias de dez ocorrências policiais", anotou o delegado.
O delegado relatou que "informalmente" Diego "manifestou perante esta própria autoridade policial que necessita e gostaria de ser acompanhado por um especialista de psiquiatria".
"Em razão de sua necessidade de praticar os atos pelos quais foi autuado em flagrante e pelos demais delitos praticados ocorridos até a presente data, acrescentando que passou a praticá-los a partir do ano de 2006, quando se envolveu em um acidente automobilístico e permaneceu por aproximadamente dois meses em estado de coma", registrou.
"Caso este não seja o entendimento de Vossa Excelência e tratando-se de infração cuja pena máxima suplanta quatro anos, e considerando os antecedentes criminais do indiciado, que denotam renitência na prática de delitos sexuais, com fulcro nos artigos 13, inciso IV, 312, 313, incisos I e II e 324, inciso IV, todos do C.P.P, represento, neste ato, pela conversão da prisão em flagrante em preventiva."
Diego Ferreira de Novais assediou outra mulher por volta das 8h30 deste sábado, desta vez em um ônibus que passava pela Avenida Brigadeiro Luís Antônio, na região do Jardim Paulista, zona sul paulistana. Pela segunda vez em menos de uma semana, ele foi impedido por passageiros de sair do ônibus, e encaminhado ao 78.º DP (Jardins).
Segundo a tenente Stephanie Cantoia, a vítima tem entre 30 e 40 anos e estava a caminho do trabalho no momento do ataque. Ela relatou que estava sentada, quando o agressor se posicionou ao seu lado e começou a se tocar nas partes íntimas. Ela percebeu o que estava acontecendo e tentou levantar, já gritando para pedir ajuda, mas o agressor a segurou enquanto continuava a se masturbar. Os passageiros detiveram o homem e o seguraram até a chegada da polícia.
A tenente ressaltou que ele não resistiu à prisão e relatou o assédio. "Disse que tem problemas mentais e precisa de ajuda. A vítima estava muito abalada, mas quem não ficaria? Ninguém imagina passar por esse tipo de situação enquanto está indo para o trabalho."